Pantanal deve receber base integrada para combate ao tráfico

Policiais militares foram para Foz do Iguaçu (PR) para conhecer o Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) da Polícia Federal e utilizar modelo em Mato Grosso

Fonte: CenárioMT

Patrulhamento fluvial 2

Mato Grosso tem baixo índice de policiamento nos seus 233 km de fronteira na região do Pantanal. Apesar do combate aos crimes transfronteiriços ser responsabilidade da União, no Estado, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) há 17 anos tem feito a diferença, especialmente na fronteira seca e na BR-070, via oficial que liga Mato Grosso a Bolívia, por San Matías.

A Sesp elabora um projeto junto ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública para ter uma base integrada no Pantanal, com participação de policiais militares, civis, Corpo de Bombeiros e Politec. A ideia é atuar com vigilância fluvial, com aquisição de barcos e equipamentos.

“O pantanal é uma região muito pouco vigiada. A gente não tem muito controle do que passa por lá, vindo da Bolívia. Por meio dos rios, é possível chegar até a Rondonópolis transportando entorpecentes, portanto, é necessário dar essa atenção para a região”, destacou o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.

Patrulhamento Fluvial
A ideia é atuar com vigilância fluvial, com aquisição de barcos e equipamentos – Foto por: Assessoria

A equipe do secretário adjunto de Integração Operacional da Sesp, coronel PM Victor Fortes, é que elabora a proposta que será apresentada ao secretário antes de buscar os recursos em Brasília para a implantação.

“Hoje nós temos o Gefron que atua na região de fronteira e foca principalmente nos 750 km de fronteira seca, mas temos a fronteira alagada e vemos que está mais desguarnecida. O secretário lançou proposta de fazer uma base na região do pantanal e vamos criar um núcleo ou grupo fluvial permanente na região do pantanal”, destacou o coronel Fortes.

Policiais militares foram para Foz do Iguaçu (PR) para conhecer o Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) da Polícia Federal e com isso, desenvolver um modelo semelhante adequado às peculiaridades do pantanal. “O projeto já esta sendo elaborado para ampliar o policiamento na região de fronteira para dar suporte área alagada como a gente dá esse suporte na fronteira seca. Hoje temos uma operação integrada com o Ministério da Justiça e da Segurança Pública na região e deve permanecer até o fim do ano”, disse o secretário adjunto de Integração Operacional.

Operação Vigia

Operação Vigia

Desde 10 de julho, foi deflagrada a Operação Vigia na região de fronteira. A ação é da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O objetivo é o de reforçar o policiamento nos 900 km de fronteira em Mato Grosso, além dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

O pantanal recebeu atenção especial com a atuação do Batalhão de Polícia Militar Ambiental e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) na região da Transpantaneira. O Gefron e a Delegacia Especial de Fronteira (Defron), vão atuar com policiais nas quatro Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs) que participam da ação, que são Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres e Pontes e Lacerda.

Participam da ação Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros, Politec, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, prefeituras municipais, fiscais de meio ambiente e vigilância sanitária.

Em um mês da operação foram cumpridos três mandados de prisão, apreensão de 128,5 mil dólares, 13 veículos recuperados, 23 pessoas encaminhadas para as delegacias. A operação segue até dezembro.

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