A trágica história no noroeste de Mato Grosso, teve um novo capítulo nesta segunda-feira (23). O jovem de 23 anos, que foi baleado pelo próprio pai na semana passada, teve morte cerebral decretada após quatro dias internado em estado gravíssimo em um hospital de Cuiabá. Com a morte do filho, o pai agora responde por homicídio qualificado consumado.
Inicialmente, o pai havia relatado à polícia que o disparo contra o filho teria sido acidental durante uma discussão. No entanto, as investigações da Polícia Civil descartaram essa hipótese e confirmaram que o tiro foi proposital. Testemunhas relataram um histórico de agressões do pai contra os filhos e a esposa, inclusive com o uso de armas de fogo.
O crime ocorreu no dia 16 de julho, na zona rural de Cotriguaçu. A vítima foi socorrida em estado gravíssimo, com um disparo na nuca e lesão na testa, e transferida para Cuiabá, onde permaneceu internada em uma unidade de tratamento intensivo até a confirmação da morte cerebral.
O pai do jovem, de 45 anos, se apresentou à polícia no dia do crime, entregou a arma e alegou que o disparo foi acidental. No entanto, a prisão em flagrante por porte ilegal de arma de fogo foi convertida em preventiva e ele segue detido na unidade prisional de Colniza. Com a confirmação do homicídio consumado, ele responderá por este crime, além de posse e porte ilegal de arma de fogo.
Na casa do pai, a polícia apreendeu um rifle calibre 22 com munições intactas, confirmando o porte ilegal de armas. Testemunhas relataram que o investigado já havia ameaçado atirar no filho e que tinha um histórico de violência contra a família, incluindo agressões físicas e psicológicas.
A Polícia Civil segue investigando o caso e apurando as circunstâncias em detalhes. A família da vítima aguarda por justiça e por medidas cabíveis contra o responsável.