A Prefeitura de Sorriso, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil (Semsep), do Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF), e da Vigilância Sanitária contribuiu, na manhã de hoje (22), com uma operação deflagrada pela Polícia Judiciária Civil com o objetivo de coibir o furto, bem como a receptação, de fios e cabos de cobre no município.
A ação, que também contou com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar, resultou no fechamento de quatro empresas de reciclagem (ferro-velho) e na prisão de duas pessoas por receptação. Os quatro pontos de reciclagem foram fechados pela ausência da documentação necessária para funcionamento, como alvarás sanitários e também o de segurança contra incêndio e pânico. Dois proprietários foram presos em flagrante pela grande quantidade de fios de cobre encontrada.
De acordo com o titular da Delegacia de Polícia Judiciária Civil de Sorriso, delegado André Ribeiro, em um dos pontos, os funcionários estavam cortando e descascando os fios para queimar, pois tinham acabado de receber o material.
“Além do crime em si, há um outro problema por trás disso, que é a insegurança provocada por este ato, principalmente quando se trata de iluminação pública”, comenta o secretário de Segurança Pública, Trânsito e Defesa Civil do município, José Carlos Moura. “As vias ficam escuras, causando transtornos ao trânsito, principalmente ao tráfego de pedestres e ciclistas, favorece a prática de crimes e causa prejuízos a toda a população, visto que o Poder Público precisa usar recursos para refazer o serviço e repor o material retirado”, ilustra.
O secretário acrescenta ainda que os furtos de cabos também tem trazido prejuízos no campo, com danos a equipamentos de irrigação, bem como à área de telefonia. A situação não é recente no município, visto que a obra de iluminação da travessia urbana da BR-163, por exemplo, sofreu atraso por conta dos constantes furtos de cabo registrados, antes mesmo da finalização do trabalho. Ainda em fevereiro deste ano, o prefeito Ari Lafin lembrou, em uma reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que, além dos R$ 3,8 milhões enviados pelo DNIT para o custeio da obra, a Prefeitura precisou investir mais R$ 500 mil, além de utilizar mão-de-obra própria, para concluir a empreitada.
A participação popular, por meio de denúncias (que podem ser anônimas), é indispensável para que a Polícia Civil possa avançar nas investigações e chegar aos praticantes dos furtos. “Para tanto, basta ligar para o 197”, orienta o delegado.