Mato Grosso foi palco da Operação Jaleco nesta semana, ação conjunta da Polícia Civil, Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) e Vigilância Sanitária Municipal de Barra do Garças. O objetivo principal é investigar o exercício ilegal da medicina e coibir a comercialização irregular de medicamentos, especialmente para emagrecimento, sem autorização da Anvisa.
Segundo o médico fiscal do CRM-MT, Fleury Marinho, as fiscalizações têm caráter preventivo, buscando assegurar a segurança de pacientes e a regularidade dos serviços. “Algumas clínicas apresentaram medicamentos vencidos e ausência de equipamentos básicos, como desfibrilador externo, ambu, oxigênio e adrenalina, fundamentais em emergências médicas”, destacou. Ele alertou que a população deve se atentar ao tipo de clínica que procura, pois nem todas oferecem suporte adequado.
Fiscalizações detalhadas em 13 clínicas
De acordo com informações da Polícia Civil, cerca de 13 estabelecimentos estão na programação inicial da operação, número que pode crescer à medida que novas suspeitas surgem. Durante a manhã, as equipes analisaram a documentação, condições estruturais e armazenamento de medicamentos, com foco em identificar práticas irregulares e coibir a venda de substâncias sem prescrição médica.
Um dado que reforça a necessidade da ação: em 2024, Barra do Garças registrou aumento de 17% em denúncias relacionadas a clínicas com irregularidades sanitárias, segundo levantamento da Vigilância Municipal. Este cenário evidencia que a operação não é isolada, mas faz parte de um esforço contínuo para proteger a população contra riscos à saúde.
Contexto legal e próximos passos
O exercício ilegal da medicina se enquadra no Art. 282 do Código Penal Brasileiro, prevendo penalidades para profissionais ou estabelecimentos que atuem sem registro ou autorização. A Operação Jaleco segue em andamento, e novas inspeções podem ampliar o número de clínicas fiscalizadas. A ação também busca conscientizar sobre a importância de equipamentos de emergência e armazenamento correto de medicamentos.
Moradores que suspeitem de irregularidades em clínicas podem acionar a Vigilância Sanitária ou o CRM-MT. As informações sobre a operação foram confirmadas pela assessoria da Polícia Civil, que reforça o compromisso em garantir serviços médicos seguros e regulares.
