Uma quadrilha que emitiu R$ 337 milhões em notas frias por meio de empresas de fachada é alvo de uma operação nesta quarta-feira (9) da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz).
De acordo com a Defaz, a operação ‘Fake Paper’, com apoio da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), deve cumprir nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão por crimes contra a administração pública.
Os nomes dos alvos não foram divulgados pela polícia.
Os mandados estão sendo cumpridos em sete cidades de Mato Grosso: Cuiabá, Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis, Barra do Bugres, Canarana, Sorriso e Juína.
A Defaz apura uma organização criminosa que, através de falsificação de documento público, falsificação de selo ou sinal público e uso de documento falso, abriu empresas de fachada.
Ainda conforme a Defaz, as empresas conseguiam notas fiscais frias que eram usadas por produtores rurais e empresas que cometiam sonegação fiscal.
Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo ‘esquentar’ mercadorias furtadas ou roubadas.
Para a polícia, a emissão de notas fiscais frias interfere negativamente na base de dados da Sefaz.
A operação busca apreender documentos, dispositivos móveis e computadores que possam robustecer ainda mais a investigação.