A ofensiva atingiu diretamente integrantes de facções com atuação interestadual, resultando em prisões, buscas e apreensões em uma ação coordenada que alcançou cidades de Mato Grosso. A operação teve como alvo investigados ligados ao crime organizado, com foco em estruturas responsáveis por tráfico de drogas, extorsões e ataques contra forças de segurança.
Deflagrada na manhã desta quarta-feira (18), a terceira fase da Operação Coalizão mobilizou equipes para cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Justiça do Pará. Entre os locais alcançados estão Cuiabá e Pontes e Lacerda, além de municípios de outros estados, ampliando o cerco a integrantes das organizações criminosas.
A ação foi conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Pará, com apoio do Grupo de Trabalho de Facções Criminosas. Conforme as informações oficiais, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 42 mandados de prisão em cidades do Pará, Maranhão, Amazonas, Goiás, Amapá, Rio de Janeiro e Mato Grosso.
Do total de prisões, a maior parte está diretamente relacionada ao crime organizado. Outras ordens judiciais se referem a investigações por homicídios, tráfico de drogas e recapturas de foragidos. O alcance da operação evidencia a capilaridade dos grupos investigados e a necessidade de ações simultâneas para evitar deslocamentos e ocultação de suspeitos.
Durante as diligências, as equipes também registraram quatro prisões em flagrante. Os detidos foram autuados por posse ilegal de arma de fogo, tráfico de entorpecentes e uso de documento falso. Com os investigados, os agentes recolheram porções de maconha, cocaína e três armas de fogo, materiais que agora integram os inquéritos em andamento.
Estrutura criminosa e decisões judiciais
De acordo com as investigações, os alvos integram uma organização criminosa estruturada, com atuação em diferentes estados e envolvimento em práticas como tráfico de drogas, extorsões e ataques contra agentes da segurança pública. A apuração aponta para uma atuação coordenada, com divisão de funções e apoio logístico entre os integrantes.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça do Pará, após representação apresentada em primeira instância pela força-tarefa e posterior recurso do GAECO do Ministério Público do Pará. As medidas buscam interromper a atuação do grupo e aprofundar a coleta de provas.
Integração entre forças de segurança
A operação contou com a atuação integrada de diferentes órgãos, incluindo forças de combate ao crime organizado de Goiás, Amapá e Mato Grosso, além da Polícia Civil do Pará, Polícia Federal, polícias militares e secretarias de administração penitenciária de vários estados. Segundo as autoridades, essa articulação foi decisiva para o cumprimento simultâneo das ordens.
A FICCO/PA é formada pela Polícia Federal, Polícia Civil do Pará e Secretaria de Administração Penitenciária, com o objetivo de fortalecer ações conjuntas contra organizações criminosas em todo o território paraense. Os materiais apreendidos e os depoimentos colhidos nesta fase devem subsidiar novos desdobramentos da investigação, que segue em andamento, conforme informado pelas forças de segurança.
