Na manhã desta quarta-feira (28), uma operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) em Mato Grosso, em parceria com diversas forças de segurança, mirou um grupo criminoso acusado de desviar cerca de R$ 1,5 milhão dos cofres do Conselho da Comunidade de Cáceres. Sob o nome de “Clean Jail”, a ação cumpre 33 ordens judiciais na região, emitidas pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres.
Segundo relatos da Unidade Regional do Gaeco em Cáceres, a operação “Clean Jail” tem como alvo principal uma organização criminosa formada por agentes públicos e particulares. O grupo é suspeito de praticar crimes como peculato, concussão e lavagem de dinheiro.
As investigações revelam que membros do grupo, incluindo policiais penais, teriam desviado recursos destinados ao Conselho da Comunidade de Cáceres, que deveriam ser utilizados para remunerar serviços prestados por detentos na Cadeia Pública masculina da cidade ou para melhorias no sistema prisional local.
Além disso, os envolvidos são acusados de exigir propinas de presos e seus familiares em troca de favores na execução das penas, especialmente para serem selecionados para trabalhos internos ou externos.
Durante as investigações, foi constatado que o grupo movimentou mais de R$ 19 milhões em transações suspeitas entre janeiro de 2021 e abril de 2023.
A operação envolve o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão em Cáceres, além de 13 ordens judiciais de bloqueio de bens dos investigados, totalizando até R$ 1,0 milhão. Também foram determinados o afastamento cautelar de cargos públicos e proibições de acesso a órgãos públicos para sete dos alvos da investigação.
A ação conjunta conta com o apoio de 38 membros do Gaeco de diferentes cidades, bem como policiais da Delegacia Especial de Fronteira (Defron) e 32 policiais militares do 6º Comando Regional de Cáceres e Força Tática.