A onda de calor que assola Mato Grosso nos últimos dias está gerando uma sobrecarga na rede elétrica, resultando em interrupções no fornecimento de energia em diversas cidades do estado.
Na noite de segunda-feira (26), moradores de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Alta Floresta foram surpreendidos com a falta de eletricidade em suas residências.
A concessionária de energia elétrica do estado, Energisa, informou que 21 transformadores deixaram de funcionar devido ao pico de energia provocado pela onda de calor.
Na noite do dia 25 de setembro, os termômetros na capital registravam impressionantes 36ºC às 19 horas. Essa série histórica de calor no país tem impactado significativamente no consumo de energia e na infraestrutura elétrica que abastece casas e empresas em Mato Grosso. Em agosto deste ano, o estado alcançou a maior carga já medida em 23 anos, atingindo um pico de demanda máxima distribuída de 2.2 gigawatts.
Para efeito de comparação, em 2020, quando o estado enfrentou a maior seca em seis décadas e uma série de incêndios que devastaram o Pantanal, o maior pico de consumo de energia foi registrado em outubro, com 2.0 gigawatts de demanda máxima distribuída durante o ano.
O gerente de operações da Energisa, José Nelson Quadrado Júnior, alertou que a tendência é de novos recordes de demanda energética nos meses de setembro e outubro de 2023, devido às altas temperaturas. A concessionária já montou um comitê de crise em junho devido ao fenômeno El Niño e tem mantido reuniões diárias para monitorar pontos sensíveis de abastecimento de energia em todo o estado.
A situação demanda atenção e ação coordenada para garantir o fornecimento contínuo de energia em Mato Grosso durante essa onda de calor intensa.
