A onça-pintada que ficou ferida em um incêndio no Pantanal começa, nesta semana, o tratamento com células-tronco em Corumbá de Goiás, na região nordeste do estado. De acordo com o veterinário Thiago Luczinski, o processo deve acelerar a cicatrização das feridas, possibilitando que ela retorne à natureza.
O animal está isolado no Instituto de Preservação e Defesa dos Felídeos da Fauna Silvestre do Brasil em Processo de Extinção (Nex). Segundo o veterinário, o objetivo é fazer com que a onça-pintada se recupere rapidamente para que, assim, possa ser reinserida na natureza o mais rápido possível.
“Quanto menos ela ficar sob os cuidados humanos, maior é a chance de ela voltar para a natureza”, explicou.
A onça-pintada já apresentou melhora desde sua chegada. Ela conseguiu comer por conta própria no último sábado (22), algo que não fazia desde quando foi resgatada, na segunda-feira (17).
Durante o fim de semana, o animal foi anestesiado para passar por uma nova avaliação e limpeza das patas. A onça-pintada tem sido tratada com antibióticos, analgésico e anti-inflamatório. Ela está isolada em um recinto para evitar qualquer tipo de estresse.
“Ela está isolada em um recinto sem movimentação com o objetivo de reduzir o estresse que ela passou durante a viagem. Isso já surtiu efeito”, afirmou o veterinário.
Resgate e transferência
A onça-pintada foi resgatada de um incêndio no Pantanal depois que o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso foi informado de que o felino, tentando fugir do fogo, apareceu em casas da região.
Após o resgate, a onça foi internada no Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (Cempas), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Na quinta-feira (20), foi transferida para Goiás para iniciar o tratamento com células-tronco.