Uma onça-pintada fêmea foi encontrada morta com marca de tiro na cabeça, na maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, em Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, no sábado (21). O parque é administrado pelo Sesc, que emitiu, nesta segunda-feira (23), uma nota de repúdio contra a morte de animais na área.
Conforme a assessoria do Sesc Pantanal, o animal foi encontrado pelos guardas do parque.
“O Sesc Pantanal repudia toda e qualquer prática contra a natureza. Há mais de 20 anos a Reserva protege toda e qualquer forma de vida, desenvolve dezenas de projetos de pesquisa com entidades nacionais e internacionais e já obteve resultados extraordinários na conservação da fauna e flora pantaneiras”, diz, em nota.
Além disso, o parque afirma que “não será tolerado, que nesse território, que é de conservação e em prol do bem comum, haja invasão de pessoas em atividades criminosas”.
O crime foi denunciado à polícia e aos órgãos ambientais.
A investigação deve tentar identificar os responsáveis pela morte da onça-pintada. “O Sesc Pantanal vai continuar combatendo a caça e qualquer outra atividade predatória, trabalhando para a proteção do Pantanal”, afirma, em outro trecho da nota.
O abate e a caça de onças são crimes ambientais, com pena prevista de seis meses a três anos de prisão e multa.
Turismo
No Pantanal mato-grossense, a onça-pintada é o principal atrativo para o turismo. Admirada e, ao mesmo tempo, temida, ela pode chegar a pesar 135 kg e vive a poucos quilômetros das grandes cidades.
O turismo de observação de onças-pintadas tem aumentado nos últimos 15 anos no estado. Os visitantes observam o animal de longe durante passeios de barco em rios do Pantanal.
Especialistas dizem que o animal, considerado o maior felino das Américas, tem se acostumado e tolerado a presença do ser humano.