As obras inacabadas da Copa do Mundo de 2014, da qual Cuiabá foi uma das subsedes, causaram prejuízos ao comércio da Grande Cuiabá, segundo o presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT), José Wenceslau de Souza Júnior.
“Esperávamos muita coisa. O comércio aguardou um movimento muito grande. E isso aconteceu em partes. Temos empresas fechadas até hoje, principalmente onde o VLT passaria. Esses comércios não conseguiram abrir as portas em função do estrago que ficou com a abertura dessa do VLT”, afirmou.
Uma das principais obras citadas por José Wenceslau é a implantação do Veículo Leve sob Trilhos em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital.
As obras do modal estão paradas há quatro anos. Mais de R$ 1 bilhão foi gasto na obra, que não tem previsão para ser terminada.
Segundo o presidente da Fecomércio, cerca de 60% dos comércios e lojas na Avenida da FEB, em Várzea Grande, onde o VLT passaria, fecharam por causa dos transtornos.
“Abriu-se uma ferida nas cidades. A obra obstruiu a passagem por mais de um ano”, afirmou.
Por outro lado, para José Wenceslau, outras obras de mobilidade urbana deixaram um legado positivo.
“Aos poucos essas feridas estão sendo arrumadas. As trincheiras se não tivessem sido construídas, por exemplo, em alguns lugares seria impossível de transitar”, afirmou.