O número de casos de dengue cresceu 31,9% neste ano, em Mato Grosso.
Somente no primeiro semestre, foram notificados 30.051 casos prováveis, com uma incidência de 842,4 por 100 mil habitantes.
A doença também já resultou na morte de 18 pessoas, o dobro do registrado no ano passado, quando ocorreram nove óbitos.
As mortes ocorreram em Arenápolis (1), Canarana (1), Chapada dos Guimarães (1), Cuiabá (1), Diamantino (1), Juara (2), Lucas do Rio Verde (2), Nova Mutum (2), Peixoto de Azevedo (1), Pontes e Lacerda (2), Sinop (1), Sorriso (2) e Tangará da Serra (1). Há ainda uma morte segue em investigação no município de Nova Xavantina.
Os dados constam no mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica de Mato Grosso.
O objetivo é de orientar as ações de vigilância, prevenção e controle, subsidiando a tomada de decisão nos diversos níveis de gestão.
Conforme a o documento, Mato Grosso apresenta alto risco de transmissão para dengue. Esta mesma classificação é verificada em 90 dos 141 municípios mato-grossenses. Entre eles, está Sinop (503 km ao Norte de Cuiabá), onde foram registrados 2.180 casos, correspondendo a 1463,5 por 100 mil pessoas.
A situação em Tangará da Serra (239 km ao Noroeste de Cuiabá) também preocupa. Por lá, são 934 notificações e incidência de 867,8/100 mil.
Maior cidade em termos populacionais do Estado, Cuiabá apresenta médio risco de contaminação por dengue.
Na Capital, já são 629 casos, o que representa uma taxa de 100,9/100 mil.
Na cidade vizinha de Várzea Grande, são 184 notificações e incidência de 63,4/100 mil habitantes.
Em relação à chikungunya ocorreram 302 notificações e à zika são 142 casos, sendo o risco de transmissão é considerado baixo para ambos tipos de doenças de notificação compulsória.
Todos os pacientes suspeitos devem ser notificados, investigados e comunicados ao órgão estadual de saúde em até 24 horas.
A colaboração de toda população é necessária para a prevenção e o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e febre de chikungunya. Isso porque 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das residências.
A melhor forma de prevenção é evitar água parada, onde a fêmea do Aedes deposita seus ovos.
Para isso basta manter sob abrigo da chuva pneus, garrafas, sucatas, bebedouros de animais e outros depósitos móveis.
Também deve-se providenciar a vedação de caixas d’água, tambores, tanques e poços artesianos; retirar qualquer porção de água acumulada em enfeites de jardim; colocar areia em pratos e vasos de plantas; não jogue lixo em terrenos baldios e coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada.