O polêmico projeto que doa a área de terra onde está instalado o Centro de Tratamentos de Animais Silvestres (Cetas) de Lucas do Rio Verde foi retirado da pauta da sessão ordinária da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (25). O projeto estava na Ordem do Dia para ser analisado e votado em plenário, mas um pedido de vista da vereadora Ideiva Foletto adiou sua votação.
A vereadora observou que ocorreram várias reuniões para debater o projeto, uma delas contando com promotor de justiça. Na ocasião, ficou evidente a necessidade de que a Amibem, atual responsável pelo Cetas, permaneça à frente da instituição. Ideiva acrescentou que o Governo do Estado foi notificado a instalar unidades de atendimento a animais silvestres.
“A gente entende que é mais fácil pegar algo que está pronto, do que fazer desde o começo. Hoje o nosso voto seria a pedido da Rose, da Amibem”, justificou Ideiva, adiantando ser contra o projeto. Contudo, diante da necessidade de esclarecer os pontos polêmicos do projeto, a vereadora entendeu ser necessário o pedido de vista. “Não dá pra ser votado na empolgação. Tem que sentar novamente com as partes, pois não podemos ser movidos pela emoção”.
O presidente da Câmara, Daltro Figur, entendeu que o projeto estava apto a ser votado. Porém, com a apresentação de emendas proposta por um dos vereadores, Figur considerou importante o pedido de vista. “Não dá pra estar discutindo emendas na hora da votação. Esse projeto circula desde fevereiro e tivemos tempo hábil pra isso e não dá pra ficar pondo emenda pra fazer um campo de política”, reclamou. “Foi um pedido inteligente da vereadora”.
Figur declarou que há um acordo entre Sema e Amibema respeito da manutenção da ONG no comando do Cetas. O presidente acredita que a aprovação do projeto seria benéfica ao Centro de Tratamento, tendo em vista que o Governo do Estado ficaria responsável por investir recursos na unidade. “Existe uma determinação do Ministério Público que o Estado faça a instalação desses locais de tratamento animal. Esse seria o primeiro”.
Com o pedido de vista aceito pelos vereadores, o projeto volta a tramitar pela Casa de Leis e volta à pauta nas próximas sessões.