Uma mulher foi resgatada pela Polícia Militar após ser mantida trancada dentro de sua quitinete por um ex-companheiro, na noite de domingo (23), em Nova Mutum, região médio-norte de Mato Grosso. O agressor fugiu logo após o crime, e a vítima só conseguiu ajuda depois de acionar vizinhos, que chamaram o 190.
Quando os policiais chegaram ao conjunto de quitinetes, encontraram a mulher pedindo socorro do lado de dentro, incapaz de sair porque a porta havia sido trancada pelo suspeito. A equipe precisou forçar a entrada para alcançá-la e garantir sua segurança imediata.
Assim que foi retirada do imóvel, a vítima relatou que havia terminado o relacionamento há mais de uma semana, mas o homem não aceitava a separação. Segundo o boletim policial, ele invadiu a quitinete no início da noite, retirou à força o celular da mulher — um aparelho Samsung preto — e, antes de fugir, trancou a porta levando consigo o aparelho e as chaves.
O relato também inclui ameaças explícitas. A mulher afirmou que o ex-companheiro disse que a agrediria caso tentasse sair ou buscasse ajuda. A dinâmica descrita pela vítima reforça a gravidade da situação, uma vez que ela ficou impossibilitada de pedir socorro de maneira autônoma.
Após ouvi-la, os militares realizaram buscas pelas imediações na tentativa de localizar o suspeito. As rondas se estenderam por pontos próximos ao conjunto habitacional, mas ele não foi encontrado até o encerramento da ocorrência. A equipe registrou todos os detalhes no boletim para subsidiar a investigação da Polícia Judiciária Civil.
Orientações e encaminhamentos após o resgate
Depois de ser retirada da quitinete e receber atendimento inicial, a vítima foi orientada a comparecer à Delegacia da Mulher para formalizar a representação contra o ex-companheiro. Conforme informações da própria Polícia Militar, esse procedimento é essencial em casos de violência doméstica, pois permite que as medidas legais previstas na legislação brasileira — como as disposições da Lei Maria da Penha — sejam acionadas de maneira adequada.
O boletim de ocorrência já foi encaminhado para a Polícia Judiciária Civil, que deverá dar continuidade às apurações, incluindo a localização do acusado e a análise das circunstâncias que envolvem a invasão do imóvel e o cerceamento da liberdade da vítima. A investigação tende a avançar com base no depoimento da mulher e de possíveis testemunhas que presenciaram o tumulto no conjunto de quitinetes.
Até o momento, o suspeito permanece não localizado, e a vítima segue orientada a buscar proteção e manter contato com os canais oficiais de segurança. O caso foi formalizado conforme os protocolos de atendimento, segundo informações repassadas pela Polícia Militar.





















