A construção e implantação da 1ª Ferrovia Estadual de Mato Grosso, cuja assinatura do contrato de adesão ocorreu nesta segunda-feira (20.09) pelo Governo do Estado e a Rumo S/A, já vem criando expectativa de desenvolvimento e crescimento econômico da região Médio-Norte do Estado. É o que afirmam empresários, comerciantes e produtores rurais do município de Nova Mutum, que receberá um terminal ferroviário.
O corretor imobiliário Ângelo Dartora destaca a redução do frete como um dos grandes benefícios que a ferrovia vai proporcionar para a região. Segundo ele, a expectativa, tanto do setor imobiliário, quanto dos agricultores, é muito grande, pois barateando o frete o preço dos produtos também vai melhorar. “Vai melhorar a logística do transporte e o preço dos produtos. Isso é bom para todos, ou seja, a cidade cresce e a gente cresce junto. Uma coisa puxa outra. É o progresso chegando”.
O gerente administrativo da Associação Comercial e Empresarial (Acenm) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Nova Mutum, Rodrigo Rigoni, destaca que um investimento dessa envergadura não beneficiará apenas a matriz econômica da região, que é o agronegócio, mas sim todo o ambiente de negócios que se gera ao redor da ferrovia, como o comércio e a indústria.
“A gente já verifica a rede de varejo brasileira de olho na região do Médio-Norte mato-grossense, como nos municípios de Nova Mutum, Sorriso e Lucas do Rio Verde. Com a sinalização da vinda da ferrovia, empresas de grande e de pequeno porte, de todo o Brasil, já começam a demonstrar interesse em investir aqui na nossa região”.
A construção da ferrovia prevê 730 quilômetros de linha férrea que vão interligar os municípios de Rondonópolis a Cuiabá, além de Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, conectando-se à malha ferroviária nacional, em direção ao Porto de Santos (SP). O projeto prevê investimento de R$ 11,2 bilhões.
“Parabenizo o Governo do Estado e todas as pessoas que estiveram engajadas para trazer esse grande investimento para a nossa região, que será muito importante, tanto para a geração de emprego como também para o aumento demográfico da região”, acrescentou Rodrigo Rigoni.
Segundo o consultor técnico da empresa Adubos Araguaia, Willian Gustavo Bernardes, foram muitos anos de espera pela chegada da ferrovia e o sonho se concretiza com a assinatura do contrato de adesão. Willian Bernardes também acredita que o desenvolvimento não será apenas para o agronegócio, mas para todos os outros setores.
“Para nós será muito bom em relação ao frete, principalmente para despachar os insumos, inclusive o grão do produtor. Hoje, o frete é o mais oneroso e ele barateando, com certeza, a nossa matéria prima vai chegar aqui bem mais barata também. A gente tem como base países que já usam a ferrovia como forma de transporte, o desenvolvimento chega bem mais rápido e só tem a melhorar”.