Uma preocupante e alarmante estatística revela que a população em situação de rua em Mato Grosso teve um aumento expressivo de 196% entre os anos de 2016 e 2023, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. De acordo com as informações extraídas do Cadastro Único (CadÚnico), do Governo Federal, o estado passou de 855 para 2.531 pessoas vivendo em condições precárias nas ruas.
Os números destacam a crise social que aflige o estado, com a capital, Cuiabá, liderando as estatísticas com 999 pessoas em situação de rua. Rondonópolis vem em segundo lugar, com 405 pessoas, seguido por Sinop, com 199.
Segundo o relatório, do total de pessoas em situação de rua, 42% estão nessa condição por até seis meses, 15,9% entre dois e cinco anos, e 15,8% entre seis meses e um ano.
Para lidar com essa situação, diversos centros de acolhimento foram implementados, como a Casa de Passagem em Sinop. Marilene Pereira, coordenadora da proteção social especial, destaca que o local oferece uma rede de apoio essencial para essa parcela vulnerável da população.
A coordenadora Marilene Pereira explicou que a Casa de Passagem não apenas oferece apoio psicossocial, mas também abriga temporariamente aqueles que necessitam.
O aumento exponencial da população em situação de rua em Mato Grosso levanta sérias questões sobre políticas públicas, empregabilidade e acessibilidade a serviços essenciais. Enquanto centros como a Casa de Passagem desempenham um papel crucial, a urgência em abordar as raízes desse fenômeno social se torna cada vez mais evidente.
Como resolver o problema da população em situação de rua?
Diante do alarmante aumento de 196% na população em situação de rua em Mato Grosso entre 2016 e 2023, a redação do CenárioMT fez pesquisas relevantes sobre o tema e constatou-se que é imperativo adotar medidas abrangentes e eficazes para enfrentar essa crise social. Propõe-se uma solução integrada, que inclui a coordenação entre programas sociais e o estímulo à empregabilidade.
1. Fortalecimento de Programas Sociais:
- Ampliação de Centros de Acolhimento: Investir na expansão e fortalecimento de centros de acolhimento, assegurando que esses locais ofereçam não apenas abrigo, mas também assistência social, psicológica e encaminhamento para serviços de saúde e oportunidades de emprego.
- Parcerias com ONGs e Instituições: Colaborar com organizações não governamentais e instituições de caridade para ampliar os recursos disponíveis para atendimento e suporte aos desabrigados.
2. Incentivo à Empregabilidade:
- Programas de Capacitação Profissional: Implementar programas de capacitação profissional específicos para a população em situação de rua, visando desenvolver habilidades que facilitem a reinserção no mercado de trabalho.
- Parcerias com Empresas Locais: Estabelecer parcerias com empresas locais para criar oportunidades de emprego adaptadas às habilidades adquiridas pelos assistidos pelos programas de capacitação.
3. Abordagem Multidisciplinar:
- Ações de Prevenção: Desenvolver campanhas de conscientização e prevenção, trabalhando em colaboração com órgãos de educação e saúde, visando evitar que mais pessoas cheguem à situação de rua.
- Acompanhamento Pós-Inserção: Garantir acompanhamento contínuo daqueles que conseguem emprego ou são reintegrados à sociedade, proporcionando suporte adicional para evitar recaídas.
4. Participação da Comunidade:
- Engajamento Comunitário: Estimular a participação ativa da comunidade na identificação de soluções locais, promovendo a empatia e a inclusão.
- Campanhas de Doação e Voluntariado: Incentivar a doação de recursos, roupas, alimentos e tempo por meio de campanhas de voluntariado, envolvendo a sociedade civil no combate a essa problemática.
A implementação dessa solução integrada requer esforços coordenados entre o governo, organizações da sociedade civil, empresas locais e a população em geral. É fundamental considerar a complexidade do problema e abordá-lo de maneira holística, visando não apenas mitigar as consequências imediatas, mas também criar condições para a construção de um futuro mais estável e inclusivo para todos.
