O município de Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína integram o Bloco I que recebeu, junto com outros estados brasileiros, parecer favorável da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Em maio, o parecer será avaliado durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE.
A notícia foi dada pela ministra Tereza Cristina, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em reunião com o Governador Mauro Mendes e governadores dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e Amazonas. “A fase mais difícil nós vencemos. Estamos praticamente aprovados. Quero cumprimentar todos vocês pelo esforço”, disse a ministra.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, “a mudança de status sanitário para livre de febre aftosa sem vacinação é um grande impulsionador econômico para o Estado, pois a carne mato-grossense alcançará mercados internacionais com melhores remunerações, que priorizam o comércio com áreas onde a vacinação contra a febre aftosa não é praticada”.
O diretor técnico do Indea MT, Renan Tomazele, lembrou que Mato Grosso não tem registros da doença desde 1996. “Esta região alcançou o principal status que é o de livre de febre aftosa sem vacinação e isto é resultado de muitos anos de trabalho dos servidores do Indea, da iniciativa privada, do Ministério. É um grande passo para Mato Grosso, que está avançando com a união do Estado e dos pecuaristas”, afirmou.
Esta região de Mato Grosso já está há quase um ano sem vacinação contra a febre aftosa, conforme cronograma do Plano de Erradicação da Febre Aftosa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O presidente do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa), pecuarista Antônio Carlos Carvalho de Souza, ressaltou que o reconhecimento da OIE é um marco histórico.
“Além da economia para os pecuaristas por não utilizarem mais as vacinas, temos outro ganho que é a abertura de novos mercados consumidores da nossa carne. A meta, segundo o plano nacional, é retirar toda a vacinação no País em 2022”, explicou.
Segundo o coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea MT, Heitor David Medeiros, a febre aftosa é a doença referência em termos de qualidade dos serviços veterinários e, por isso, este reconhecimento é importante.
“É um anúncio para o mundo de que o Estado está dentro das condições sanitárias com seu rebanho e com a qualidade que o mercado existe. Há anos faz-se sorologia e se comprova que não há transmissão viral, então é resultado de uma luta de décadas”, finalizou.
Atualmente, no Brasil, apenas Santa Catarina possui a certificação internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação.