Museu de Arte Sacra traz lives sobre a situação dos povos indígenas durante a pandemia

O espaço aberto para dar visibilidade às vozes indígenas pode ser acompanhado de quinta a sábado, no instagram do equipamento cultural da Secel (@museudeartesacramt)

Fonte: CenárioMT

2020 07 02 13:01:28

“Vozes indígenas – a situação atual dos povos e a pandemia” é o tema da programação online desta semana do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso (MASMT). Representantes de povos e organizações indígenas irão apresentar as dificuldades e perspectivas diante do avanço da Covid-19 em suas comunidades nas lives organizadas pelo equipamento cultural da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel).

Diferentes estudos mostram que os povos indígenas são mais vulneráveis a epidemias devido à falta de anticorpos a doença infectocontagiosas, condições sociais e à dificuldade de acesso a serviços de saúde. Dos 896 mil indígenas no Brasil, quase 52 mil estão em Mato Grosso (Censo IBGE 2010) e, todos enfrentam, ao mesmo tempo, os crescentes ataques a seus territórios e culturas, e mais essa grave ameaça à existência representada pelo novo coronavírus.

De acordo com os dados compilados pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), até o dia 1º de julho havia quase 10 mil casos confirmados e 405 mortos. Dos 305 povos existentes no país, 121 já haviam sido afetados pela doença.

O espaço aberto para dar visibilidade às vozes indígenas por meio das transmissões ao vivo pode ser acompanhado de quinta a sábado, sempre às 19h, no instagram do museu (@museudeartesacramt). Abaixo programação das lives e respectivos convidados:

Quinta-feira (02.07): Questões indígenas de enfrentamento à Covid-19 na aldeia Boe Bororo

O assunto será tratado por Eloenia Ararua do povo Boe Bororo. Formada em Serviço social pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a ativista dos direitos indígenas atualmente assessora a Federação e Organização Indígena de Mato Grosso (FEPOIMT).

Sexta-feira (03.07): Povo Xavante durante a pandemia

O líder xavante Lucio Wa Ane Terowa vai falar sobre como a etnia está enfrentando a pandemia, apresentando as principais dificuldades e necessidades. Atualmente secretário-executivo da Federação dos povos e organizações indígenas do Mato Grosso (FEPOIMT), Lúcio atuou na defesa dos direitos povos indígenas e já foi presidente da Organização Abhuwawe Xavante e também assessor do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi Xavante).

Sábado (04.07): Os desafios do movimento indígena na pandemia

A convidada que vai abordar o assunto é Eliane Xunakalo, assessora da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (FEPOIMT). Pós-graduada em Direito Administrativo e Administração Pública, Eliane atua no movimento indígena auxiliando no planejamento e na execução de projetos sustentáveis. Ela também integra o Instituto Yukamaniro de apoio às mulheres Bakairi.