Em um julgamento realizado nesta terça-feira (27), o Tribunal do Júri da comarca de Várzea Grande, Mato Grosso, condenou uma mulher a 18 anos de reclusão pelo homicídio do marido. O crime ocorreu em 7 de maio de 2024, no bairro Jardim Icaraí, e teve como requintes de crueldade o fato de a vítima ter sido carbonizada.
De acordo com a acusação apresentada pelo Ministério Público, a ré ateou fogo no companheiro enquanto ele dormia, trancando a porta do quarto e impedindo qualquer chance de fuga. As investigações policiais revelaram que o crime foi motivado por ciúmes e ocorreu em um contexto de violência doméstica.
Durante o julgamento, o Ministério Público sustentou a tese de homicídio triplamente qualificado, destacando o motivo torpe, o meio cruel e o recurso que dificultou a defesa da vítima. Após intensos debates, os jurados reconheceram todas as qualificadoras apresentadas, resultando na condenação da ré.
O representante do Ministério Público classificou o crime como “cruel, brutal e covarde”, enfatizando a maldade da ação, que eliminou qualquer possibilidade de sobrevivência da vítima. A defesa, por sua vez, tentou argumentar que a ré agiu em legítima defesa antecipada, alegando sofrer violência doméstica, tese que foi rejeitada pelos jurados. O julgamento, realizado em menos de um ano após o crime, demonstrou a celeridade e efetividade da Justiça, garantindo o devido processo legal e uma resposta firme à gravidade do delito.
