Mudanças reforçam habitação e enfrentam déficit em Mato Grosso

Proposta amplia acesso ao Ser Família Habitação e integra regras ao modelo federal.

Fonte: CenárioMT

Mudanças reforçam habitação e enfrentam déficit em Mato Grosso

Como ampliar o acesso à moradia em meio ao déficit superior a 120 mil casas? A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou o Projeto de Lei 1427/2025, que altera o Ser Família Habitação e busca fortalecer a política habitacional de Mato Grosso.

De acordo com dados da Fundação João Pinheiro, o estado contabiliza 120.207 moradias em déficit, resultado de três frentes: ônus excessivo com aluguel urbano, habitações precárias e coabitação. O relatório aponta que 48.656 famílias gastam mais do que podem com aluguel, outras 48.207 vivem em estruturas improvisadas e 23.344 dividem o mesmo imóvel com mais de um núcleo familiar.

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O que muda no programa

O texto aprovado altera o parágrafo 2º da lei que instituiu o programa habitacional estadual, estabelecendo que a prioridade será de famílias com renda mensal de até quatro salários mínimos, conforme regulamento a ser definido por decreto. A proposta recebeu parecer favorável das comissões temáticas responsáveis.

Durante a votação, parlamentares destacaram que a atualização busca corrigir distorções e fortalecer a integração com o programa federal Minha Casa, Minha Vida, ampliando o alcance das ações locais de habitação.

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Justificativa do governo

Na justificativa do PL, o governo afirma que a principal mudança consiste em expandir o público atendido pelo Ser Família Habitação, permitindo a inclusão de famílias com renda de até R$ 8 mil, em alinhamento às normas federais. Segundo a gestão, a medida amplia o potencial de atendimento e melhora a articulação entre as duas esferas.

Pontos-chave da proposta

  • Prioridade para famílias com renda de até quatro salários mínimos.
  • Integração entre políticas estaduais e federais de moradia.
  • Ampliação do público atendido para renda mensal de até R$ 8 mil.

Por que é relevante

A revisão do programa ocorre em meio a críticas sobre a execução orçamentária da política habitacional e ao desafio de reduzir o déficit acumulado. O tema ganha importância diante da pressão por moradia digna, especialmente em áreas urbanas.

As mudanças, segundo defensores do projeto, podem acelerar novos empreendimentos e melhorar o acesso das famílias de baixa e média renda às linhas de financiamento.

 

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Graduada em Jornalismo pela Faculdade La Salle em Lucas do Rio Verde (MT), atuou como estagiária na Secretaria Municipal de Educação. Desde 2010 trabalha na redação e, atualmente, é repórter e redatora do CenárioMT nas editorias Mundo, Mato Grosso e Cidadania. Para dúvidas, correções ou sugestões de pauta, entre em contato: [email protected]