De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgados nesta segunda-feira (4), Mato Grosso registrou 50 mil casos de gravidez na adolescência nos últimos cinco anos. O balanço leva em consideração meninas que se tornaram mães com idades entre 10 e 19 anos.
Em 2014, a SES aponta que 10.928 adolescentes, entre 15 e 19 anos, se tornaram mães. No mesmo ano, 672 meninas, com idade entre 10 e 14 anos, tiveram filhos.
Dados referentes a 2018 demonstram queda nos dois casos. Foram 8.712 adolescentes entre 15 e 19 anos e 470 meninas de 10 a 14 anos.
Apesar da redução, os números são preocupantes, segundo o Conselho Regional de Medicina (CRM), que na próxima sexta-feira (8) vai realizar uma reunião para discutir o tema e as alternativas para diminuir a incidência de gravidez precoce no estado.
O evento, aberto ao público, contará com palestras com o ginecologista e obstetra Luis Augusto Menechino, com a pediatra Alda Elizabeth Azevedo, a ginecologista Zuleide Cabral e Helen Rezende, que vai falar sobre os aspectos legais da contracepção na adolescência.
Ainda segundo dados da SES, na região que compreende a Baixada Cuiabana, 13 mil adolescentes se tornaram mães entre 2014 e 2018. No ano passado, 14% dos nascidos vivos nessa região são filhos de adolescentes.
Os dados apontam ainda que os municípios com maior incidência de gravidez precoce são São Félix do Araguaia (24%), Porto Alegre do Norte (23%), seguidos por Água Boa e Barra do Garças, ambos com 21%.