Nesta segunda-feira (10), a procuradora da República, Denise Nunes Rocha Müller Slhessarenko, instaurou um procedimento administrativo para investigar os impactos das greves no atendimento do Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá. A medida foi publicada no Diário do Ministério Público Federal (MPF).
O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), está sendo afetado por dois movimentos grevistas distintos. Um deles envolve os servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que estão em greve desde março. A outra greve, dos trabalhadores da EBSERH, teve duração de três dias.
O HUJM conta com servidores públicos efetivos vinculados à UFMT e empregados públicos vinculados diretamente à EBSERH. A administração dos dois grupos de servidores é responsabilidade da EBSERH, o que complica a situação administrativa durante os períodos de greve.
A greve na UFMT também causou preocupações no âmbito acadêmico, especialmente para os alunos que estão prestes a se formar. Inicialmente, o comando de greve anunciou que não haveria colação de grau, exceto em casos específicos. No entanto, a cerimônia de colação foi mantida após uma decisão da administração superior da UFMT, apesar da greve dos docentes e dos técnico-administrativos em educação (TAEs) das universidades e institutos federais.
Reconhecendo a essencialidade dos serviços de saúde prestados pelo HUJM, a procuradora Denise Slhessarenko decidiu acompanhar de perto os efeitos das greves. O objetivo do procedimento administrativo é assegurar que a qualidade e a continuidade do atendimento de saúde não sejam comprometidas pela paralisação dos servidores.
Com este acompanhamento, o MPF visa mitigar os impactos negativos das greves e garantir que os serviços essenciais de saúde continuem sendo prestados à população de forma adequada.