O Ministério Público Estadual (MPE) abriu uma investigação para apurar a falta de médicos visitadores no antigo Pronto Socorro de Cuiabá, atual Hospital Referência Covid-19. Esses profissionais são responsáveis por definir protocolos de atendimento e verificar as respostas do paciente ao tratamento. Também foi denunciada a falta de medicamentos e insumos.
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Cuiabá informou que não foi notificada e assim que oficiada do inquérito irá prestar todas as informações pertinentes ao caso.
A denúncia foi apresentada no final de abril pela vereadora Edna Sampaio (PT), e acatada na última sexta-feira (22), pelo promotor Alexandre Guedes, da promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde Coletiva de Cuiabá.
Segundo a denúncia, faltam médicos visitadores na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do antigo Pronto Socorro há mais de seis meses, e a falta do acompanhamento do paciente por esses profissionais interfere na qualidade do serviço prestado aos pacientes intubados e pode contribuir para o aumento da taxa de letalidade.
Além disso, a denúncia também aponta para a falta de medicamentos, como hidralazina, que é usada em casos de hipertensão arterial e pulmonar e insuficiência cardíaca, a piperacilina, utilizada para combater infecções, inclusive do sistema respiratório, e a heparina, que é um anticoagulante.
Pelo menos outros dez medicamentos são citados na denúncia, e estão com o estoque zerado ou insuficiente.
Além disso, o documento aponta estoques críticos ou falta de insumos como gaze, curativo, equipo usado para aplicação de soro, fita adesiva, fita para autoclave, pilhas para aparelho laringoscópio e sonda para alimentação.