O Ministério Público de São Paulo (MPSP), com apoio da Polícia Militar, fechou ontem (22), 42 casas de jogos de azar no estado. Sete pessoas foram presas, entre elas dois policiais militares, e oito estão foragidas. Mais de R$ 200 mil foram apreendidos e 2.576 máquinas de vídeo-jogo. Houve apreensão também de armas ilícitas e drogas na casa dos policiais.
Na operação, denominada Trevo da Sorte, os policiais e promotores executaram 101 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santo André e Guarulhos. De acordo com o MP, o grupo proprietário das casas de jogos conseguia se manter ativo em razão da “corrupção sistêmica de agentes públicos”, como servidores municipais e policiais.
Presos
Um dos policiais presos, que responderá por organização criminosa e violação de sigilo profissional, passava ao grupo criminoso, previamente, informações de inteligência da corporação, como a localização de viaturas. Na casa de um policial, um major da reserva, foram encontradas 14 armas, munições, coletes balísticos e munições químicas, como bombas de gás pimenta.
“A operação de hoje visava atingir o patrimônio da operação criminosa, a hierarquia, e toda a liderança. Nós entendemos que obtivemos hoje, junto com a Polícia Militar, uma vitória muito grande contra o crime organizado”, destacou o subprocurador-geral de Justiça Mário Luiz Sarrubbo.
A investigação foi iniciada após a Operação Jericó, em 2017, e contou com um acordo colaboração premiada. Segundo o MP apurou, a organização criminosa contava com vários esquemas de lavagem de dinheiro, que ainda estão sendo investigados.
Na operação de hoje (22), participaram 12 promotores de Justiça, 33 servidores do MP, 807 policiais militares, 291 viaturas e sete cães do Canil da PM.
Fernando Fraga