Na noite de sexta-feira (20), o jornalismo mato-grossense perdeu uma de suas maiores referências com a morte do professor universitário aposentado Ailton Segura, aos 75 anos, em sua residência, em Cuiabá. Segura, que lutava contra problemas renais e realizava hemodiálise com frequência, também havia passado por tratamento de câncer.
Natural de São Paulo, Ailton Segura mudou-se para Mato Grosso nos anos 1980, como correspondente da Folha de São Paulo, tornando-se uma figura emblemática na comunicação do estado. Além de trabalhar em diversos jornais impressos, Segura foi secretário de Comunicação e desempenhou um papel fundamental na formação de novos jornalistas.
Ele foi um dos fundadores do curso de Jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e também lecionou em instituições como o Instituto Várzea-grandense (IVE), a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) – campus de Tangará da Serra, e a Universidade de Cuiabá (Unic). Durante sua carreira, lançou o livro *Jornalismo 5.0 – Elementos de uma estética para o jornalismo*, refletindo sobre os desafios e a evolução da profissão.
Colegas de profissão expressaram tristeza com sua partida. “Que triste. Conheci Segura quando chegou em Mato Grosso na mesma leva que vieram Lúcio Tadeu e Montezuma. Todos ícones de um jornalismo que vai se perdendo. Um grande exemplo. Vá em paz Segura”, escreveu uma amiga. Outra colega destacou: “Segura era de uma velha guarda absolutamente contemporânea. Mesmo sendo duro nas redações, ele entendia o jornalismo como um serviço essencial, sempre pautado pela ética e competência.”
Ailton Segura deixa esposa e dois filhos. Informações sobre o velório e sepultamento ainda não foram divulgadas.