As queimadas que assolaram diversas regiões de Mato Grosso e outros locais do Brasil nos últimos dias tiveram um impacto significativo na qualidade do ar, elevando os níveis de monóxido de carbono (CO) na atmosfera a níveis preocupantes, segundo alerta da MetSul Meteorologia.
O gás, incolor e inodoro, está cobrindo principalmente o sul da Amazônia, o Centro-Oeste, Rondônia, o Sul do país e São Paulo. O monóxido de carbono é resultado da queima incompleta de combustíveis como carvão, madeira e óleo, sendo os incêndios em vegetação uma das principais fontes de emissão desse poluente.
A inalação de monóxido de carbono é extremamente perigosa e pode levar à morte em ambientes fechados. O gás se liga à hemoglobina, a proteína responsável por transportar oxigênio no sangue, impedindo que o organismo receba o oxigênio necessário para suas funções.
Entre os sintomas da intoxicação por monóxido de carbono estão dores de cabeça, tontura, náuseas, fraqueza e confusão mental. Em casos mais graves, pode causar danos neurológicos e até mesmo o óbito.
Além de afetar o sistema respiratório, o monóxido de carbono também pode agravar doenças cardiovasculares, como a angina. Pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma e bronquite, são ainda mais vulneráveis aos efeitos do gás.
Impactos ambientais do monóxido de carbono
O monóxido de carbono, ao se combinar com outros poluentes e luz solar, contribui para a formação de ozônio troposférico, um poluente que prejudica a saúde humana e o meio ambiente. Além disso, o gás interfere na capacidade da atmosfera de se “limpar” de outros poluentes, agravando problemas como a chuva ácida.