Ministério Público recomenda medidas ambientais para reduzir impactos da estação de tratamento de esgoto em Juína

Fonte: CENÁRIOMT

Ministério Público recomenda medidas ambientais para reduzir impactos da estação de tratamento de esgoto em Juína
Ministério Público recomenda medidas ambientais para reduzir impactos da estação de tratamento de esgoto em Juína

A 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Juína, situada a 735 km de Cuiabá, recomendou ao município a adoção de uma série de medidas ambientais para corrigir e prevenir os impactos negativos gerados pelo funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), com especial atenção ao mau cheiro exalado.

As recomendações incluem a suspensão parcial do despejo de esgoto doméstico por caminhões limpa-fossa para no máximo três dias da semana, em horários pré-determinados, pelo período de 30 dias.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) recomendou que, dentro do prazo de 30 dias, sejam implementadas as seguintes ações:

  1. Limpeza Regular: Realizar a limpeza do material gradeado e a remoção do lodo depositado.
  2. Recolhimento de Subprodutos: Aumentar a frequência no recolhimento dos subprodutos gerados pela ETE.
  3. Desassoreamento da Lagoa: Proceder ao desassoreamento da lagoa.
  4. Análise de Parâmetros Físico-Químicos: Realizar a análise dos parâmetros físico-químicos do esgoto bruto e do efluente tratado.
  5. Selagem da Fonte de Odor: Selar as fontes de odor, como tanques de tratamento, bacias ou lagoas, com coberturas específicas.

Desde 2018, a Promotoria de Justiça de Juína tem recebido reclamações sobre o mau odor proveniente da ETE e sobre uma possível contaminação do Rio Perdido devido ao despejo irregular de efluentes. O promotor de Justiça, Dannilo Preti Vieira, relatou que foram instaurados inquéritos civis para investigar essas questões e que foram solicitadas medidas corretivas ao Município e ao Departamento de Água e Esgoto Sanitário, sem resultados eficazes até o momento.

No início de junho, o MPMT realizou uma reunião extrajudicial com o Município, acordando que o poder público deveria monitorar, por 90 dias, as atividades causadoras do mau odor e informar sobre as medidas adotadas para mitigá-lo. No entanto, nas últimas semanas, a Promotoria recebeu inúmeras reclamações de moradores dos bairros Módulo 4 e Loteamento Jardim Três Américas sobre o cheiro desagradável. Questionado pelo MPMT, o Município informou que não conseguiu identificar a causa do problema.

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O Ministério Público de Mato Grosso reitera a necessidade urgente de adotar as medidas recomendadas para minimizar os impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida dos moradores afetados pelo mau cheiro da ETE. O cumprimento dessas ações é fundamental para atender às demandas da população e assegurar a proteção do meio ambiente na região.

Para mais informações, acompanhe as atualizações no site oficial do Ministério Público de Mato Grosso.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).