O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) apresentou recurso contra uma decisão judicial que negou o pedido de prisão preventiva de um pecuarista suspeito de envolvimento em desmatamento ilegal no Pantanal. O investigado é alvo de uma investigação que aponta sua responsabilidade em ações que resultaram na destruição de extensas áreas naturais. O valor total das multas aplicadas e dos danos ambientais atribuídos ao pecuarista ultrapassa os R$ 5 bilhões.
De acordo com as autoridades, as medidas cautelares requeridas incluem a indisponibilidade de bens do investigado, além da proibição de exercer suas atividades econômicas e de deixar o país. As investigações apontam que o desmatamento ocorreu em propriedades localizadas em áreas protegidas do Pantanal Mato-grossense, utilizando agrotóxicos de forma irregular e resultando na morte de uma grande quantidade de árvores e na degradação do ecossistema.
Durante o período de investigação, foram emitidos diversos autos de infração e termos de embargo devido às práticas ilegais cometidas pelo suspeito. Amostras coletadas nas áreas afetadas revelaram a presença de substâncias tóxicas, indicando o uso indevido de agrotóxicos. As autoridades ressaltaram que o trabalho de investigação contou com a colaboração de diversas instituições, incluindo a polícia, o Ministério Público, a Secretaria de Meio Ambiente e outros órgãos.
O MPMT destacou que o recurso apresentado visa garantir que as medidas necessárias sejam tomadas para responsabilizar os envolvidos e evitar danos adicionais ao meio ambiente. O processo continua em andamento, e espera-se que novas informações sejam divulgadas conforme a investigação avança.