O Pantanal de Mato Grosso enfrenta a pior seca em mais de 44 anos, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). A escassez de água ameaça a fauna local e a economia da região.
Diante da gravidade da situação, o Ministério Público de Mato Grosso (MPT-MT) notificou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para a adoção de medidas urgentes para garantir a sobrevivência dos animais.
A promotora de Justiça Maria Fernanda Corrêa da Costa alertou para a escassez de água na Transpantaneira, principal acesso ao Pantanal. “Hoje, entre as pontes 58 e 91 da Transpantaneira, que abrange aproximadamente 30 quilômetros, apenas quatro pontos registram presença de água”, informou o MP-MT.
Medidas urgentes para salvar a fauna de Mato Grosso
Diante desse cenário crítico, o MP-MT recomendou à Sema a implementação de diversas medidas, como:
- Mapeamento e criação de pontos de água: Identificar e criar locais estratégicos para que os animais possam se hidratar.
- Abastecimento regular: Garantir o abastecimento constante desses pontos com água potável.
- Redução de velocidade e sinalização: Implementar medidas para proteger os animais que cruzam a estrada.
- Monitoramento contínuo: Acompanhar a situação da fauna e da disponibilidade hídrica na região.
Reforço nas ações de resgate
Para fortalecer as ações de resgate e manejo da fauna silvestre, dois médicos veterinários e duas biólogas com experiência em grandes tragédias ambientais chegaram ao Pantanal para auxiliar nos trabalhos.
Situação de emergência
Diante da gravidade da situação, o Governo de Mato Grosso declarou estado de emergência em todo o estado, com duração de 180 dias. A medida visa mobilizar recursos e ações para enfrentar a seca e os incêndios florestais.
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