Uma das estratégias do estado para a geração de emprego e renda é atrair empresas de médio porte, em vez de focar nas gigantes multinacionais, e recuperar a economia.
“Temos que esquecer um pouco as grandes empresas e abrir espaço para os médios empreendedores”, declarou o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Oliveira.
Cerca de 94% empresas instaladas em Mato Grosso são de microempresas. São 83 mil estabelecimentos, sendo que pequenas empresas respondem por 5%; empresas de médio porte a 0,77%; e grandes empresas a 0,16%.
Nessa terça-feira (26), uma empresa da Itália que constrói casas rápidas participou de uma reunião na Fiemt, com a participação de construtoras brasileiras e de representantes do governo do estado, com o interesse de expandir os negócios.
“Eles constroem casas de 50 metros quadrados em cinco dias, que hoje já é feita na Itália, e estão adaptando essa técnica à nossa realidade. Querem transferir essa tecnologia e de repente fazer uma parceria com uma empresa daqui”, afirmou o presidente da Fiemt, Gustavo Oliveira.
Desburocratização
Em entrevista ao Bom Dia Mato Grosso nesta quarta-feira (2), Gustavo Oliveira disse que é preciso que o estado desburocratize os serviços à classe empresarial.
“O empreendedor precisa passar por uma peregrinação, tem gente que passa mais tempo cuidando de burocracia do que do próprio negócio”, declarou.
Segundo ele, o governador Mauro Mendes (DEM) convocou os secretários de estado para fazer um projeto para a desburocratização, semelhante à lei da liberdade econômica instituída pelo governo federal.
Oliveira avalia que a economia de Mato Grosso tende a melhorar e citou três projetos de ferrovia e a industrialização da matéria-prima produzida no estado.
“Em vez de escoar soja e milho, vamos escoar biodiesel e etanol de milho, gerando mais riqueza no nosso estado. Em vez de exportar a matéria-prima, vamos vender o produto”, afirmou.