Entre 2011 e 2019, foram contabilizados 15 suicídios LGBTI+, dos quais sete são de pessoas transsexuais, em Mato Grosso. Além dos sete suicídios, 33 transsexuais também morreram por causas diversas. Os números são do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH), da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso. Em oito anos, 108 LGBTIs morreram e 575 ocorrências foram registradas.
Rainha da Parada da Diversidade Sexual 2019, Daniella Veyga revela ao Olhar Direto que “não somente eu, mas a população trans em geral que convive em MT, Cuiabá e região metropolitana, a gente sai de casa sem a certeza de que voltaremos vivas ou que voltaremos com a saúde mental perfeita”.
“Se nota que são crimes que foram cometidos somente pelas pessoas serem quem são, por serem como elas se identificam. Quando a gente se identifica travesti e assume essa identidade, a gente vira um alvo. Então a gente não assume somente a nossa identidade, a gente assume um risco de morte iminente, de morrer todos os dias, a qualquer horário”, explica.
Ao longo dos anos, 2018 foi que mais registrou mortes de pessoas transsexuais: todas as sete mortes foram suicídios. Posteriormente, os anos de 2014 e 2017 registraram seis mortes cada. No ano passado, houve uma queda e apenas três pessoas transsexuais foram assassinadas. Confira a relação abaixo entre ano e número de mortes.
2012 – 5
2013 – 3
2014 – 6
2015 – 4
2016 – 2
2017 – 6
2018 – 7
2019 – 3
Total – 40