Médicos anestesistas de Cuiabá cogitam greve a partir de março

Fonte: OLHAR DIRETO

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Foto: Reprodução/Assessoria

Os médicos anestesistas de Cuiabá cogitam uma greve a partir do dia 10 de março em razão da defasagem da complementação aos valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para média complexidade paga aos médicos de sua especialidade. De acordo com o médico José Pinheiro Coelho Filho, presidente da (Anesclin), os valores dessa tabela não são reajustados há mais de quinze anos e para agravar o quadro.

Segundo o médico, o atual Secretário Municipal de Saúde, Antônio Possas de Carvalho, além de não repassar os valores da complementação, “não abre espaço para negociação”. Em razão disso, a categoria anuncia que pleiteia entrar em greve a partir do próximo dia 10 de março, caso não seja atendida em suas reivindicações

Como exemplo da situação delicada que vivem, o médico fez uma comparação com os valores recebidos pelos anestesistas do Santa Helena e os do Novo Pronto Socorro.

Segundo afirmou, para o Hospital Santa Helena foram pagos, referentes aos trabalhos realizados em novembro de 2019, pouco mais de R$ 17 mil por 317 cirurgias realizadas, representando cerca de R$ 53 por cirurgia, em valores brutos. Descontando os impostos, o valor total cai para cerca de R$ 14 mil, que chega a pouco mais de mil reais para cada médico de uma equipe de 11 profissionais.

Para o Pronto Socorro, entretanto, foram destinados, ao mês, R$ 66 mil, o que significa R$ 2,2 mil por dia trabalhado, em plantão de 12 horas. Dr. Pinheiro salienta que essa é a tabela real. “Não são os profissionais do PS que ganham muito, nós do Santa Helena que estamos ganhando muito pouco”, disparou o médico.

O vereador Ricardo Saad (PSDB), autor do convite, criticou a postura do Secretário Possas. Para Saad, o Secretário “não tem visão de gestor”, porque parece não perceber a injustiça que comete contra os anestesistas.

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