A médica infectologista Giovana Volpato Pazin Feuser esclarece que a coloração, assim como a composição, do leite materno tem relação os alimentos que mãe que está amamentando ingere e, sobretudo, a hidratação, mas destarta influência da covid na alteração da cor.
De acordo com a SBP, o leite com tons azulados e esverdeados normalmente se devem ao consumo de vegetais verdes ou alimentos que tenham corante nas cores. Já de cenoura, abóbora e vegetais na cor laranja poderiam deixar o leite mais amarelado, por conta da concentração de betacaroteno.
Desmentindo, então, a suposição que foi levantada nas redes sociais de que a coloração do leite materno estaria alterada por conta da produção de anticorpos da mãe.
“A coloração do leite e a composição dele tem tudo a ver com a alimentação materna, principalmente a hidratação. Que a grande composição do leite é a água”, pontuou a médica.
Nem o leite materno da lactante infectada por covid-19 sofre influência por conta do vírus, inclusive estudos científicos já comprovaram que no ato a mãe repassa anticorpos para o bebê.
O Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam, assim, a continuidade da amamentação mesmo pela mãe com o vírus. “A covid-19 e mesmo as vacinas jamais vão interferir”, observa ela.
O leite materno é o melhor e o mais completo alimento para o bebê. O MS e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida do bebê e indica a amamentação até os dois anos de idade ou mais.