Mauro Mendes não tem votos suficientes para aprovar ‘superferiado’, afirma deputado Faissal Calil

Fonte: Cenário MT

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Foto: Fablicio Rodrigues/ALMT

Em vídeo divulgado em grupos de WhatsApp, no início da tarde desta terça-feira (23) o deputado estadual Faissal Jorge Calil Filho (PV), afirmou que o governador Mauro Mendes não tem apoio suficiente na Assembleia Legislativa (AL/MT) para que o projeto de lei do Governo do Estado de Mato Grosso, que visa antecipação de vários feriados, seja aprovado.

A matéria foi protocolada pelo governador na manhã de hoje 923) na sede do Legislativo Mato-grossense e está em analise por parte dos parlamentares.

A proposta que será analisada pelos deputados sugere a antecipação dos feriados de Corpus Christi, Consciência Negra, Dia Mundial do Trabalho e aniversários dos municípios de Mato Grosso, que se somam à Semana Santa.

Faissal, no entanto, reforçou que está acompanhando os ritos que segue a proposta e afirma que o governo não terá voto suficiente no parlamento para passar o projeto.

Assista ao vídeo:

Em defesa do comércio Mato-grossense, o deputado federal Neri Geller, também gravou vídeo se posicionando contra o ‘superferiado’. Para o parlamentar, “é preciso cuidar da economia, ao mesmo tempo em que a população precisa tomar a consciência sobre distanciamento social”. Assista:

O governo defende que: Se aprovado o projeto, será possível promover a diminuição de circulação de pessoas entre os dias 26 de março a 4 de abril, ou seja, 10 dias corridos.

“Isso porque os estudos científicos mais recentes mostram que o distanciamento social pode reduzir de 29% a 64% o nível de contágio. E Mato Grosso está no limite de atendimento da saúde pública e privada, mesmo tendo mais que triplicado o número de UTIs durante a pandemia. Somente UTIs exclusivas para covid, o Estado conta no momento com 535 leitos, entre pactuados, cofinanciados e próprios”, argumenta o Executivo Estadual.

“O Governo vê que ao redor do Brasil e do planeta foi usado o distanciamento social como ferramenta para minimizar a circulação do vírus. A saúde pública de todos os estados brasileiros, com exceção do Amazonas que já passou por isso, está com suas UTIs em níveis críticos. Precisamos fazer o possível e o impossível para minimizar e salvar vidas”, afirmou o governador Mauro Mendes.

Durante todo esse período, os principais focos de aglomeração (como beira de rio, áreas de lazer, parques e similares) terão a fiscalização reforçada pelas forças de Segurança.

Além disso, também foi apresentado outro projeto de lei para endurecer o cumprimento das medidas restritivas que já estão em vigor em todo o estado.

A proposta prevê que as multas aplicadas a pessoas físicas e empresas que desrespeitarem as medidas restritivas serão triplicadas em caso de reincidência. Atualmente, a multa é de R$ 500 para o cidadão e R$ 10 mil para a empresa.

No caso das empresas, se houver três descumprimentos, o estabelecimento será interditado por 30 dias “por grave lesão à saúde pública”.

“Esse projeto de lei quer endurecer mais ainda a guerra contra as aglomerações. Já fizemos o trabalho de prevenção, de conscientização. Centenas de aglomerações foram dispersadas pela nossa Polícia Militar nas últimas semanas em todo o estado”, citou o governador.