Willian Lacava gravou seu primeiro vídeo em 2014, mostrando a sua rotina com o seu Opala, sem pretensão alguma, e hoje ele é o segundo maior canal referente a opalas no YouTube brasileiro.
Vídeos de encontros de carros antigos, dirigindo seu veículo e até pequenos reparos eram postados no canal. Até que um dia ele viu um Monza Hatch 83 abandonado na casa do vizinho e decidiu comprá-lo.
“Eu comprei e fiz todo o reparo sozinho, na minha casa. Funilaria, tapeçaria, chassi, tudo na área de casa. Gravei algumas partes e coloquei no canal e deu um ‘boom’ nas visualizações”, conta Willian.
“Várias pessoas me conheceram nesse vídeo e perguntavam se eu iria fazer mais. Naquela época não tinha esse tipo de conteúdo, era só clip de música e carros de revistas. Mas um canal passando a vivência de que tem carro antigo não tinha ainda”.
E foi assim que surgiu o Opala nas Ruas.
Segundo Willian, o canal hoje conta com 119 mil inscritos e tem uma média de 800 mil visualizações por mês. São mais de 14 milhões de visualizações em todos os vídeos.
“Começou como uma brincadeira e hoje virou algo sério. Já fui para eventos em Brasília, São Paulo, Minas Gerais, todos patrocinados”, afirma.
Willian conta que as empresas de fora de Mato Grosso são as principais financiadoras de seus projetos. “As empresas de fora apostam mais do que as daqui da região. Tenho quatro patrocinadores e são todos de outros estados”.
O amor de Willian pelos carros antigos vem de seu pai. “Meu pai, que já é falecido, tinha um Opala. O motivo de eu ter um carro antigo é para me lembrar dele. Como a maioria do pessoal que gosta de carro antigo hoje em dia, é algo mais sentimental”, relata.
Ele explica que ter carros antigos não é viável e é para quem é realmente apaixonado. “Não é um hobby barato, é caro e feito especificamente pra apaixonados por carros antigos, que geralmente sempre tem um sentimento familiar por trás disso”, esclarece.
Os reparos de Willian ainda são feitos no quintal de casa, mas ele afirma que tem planos para montar sua própria oficina. “Vou manter a memória do meu pai viva e o antigomobilismo do Brasil forte.Estamos mantendo a história viva”, finaliza.
