Mato Grosso tem a última termelétrica como fonte única de energia desligada em Guariba

Rede que atende distrito no noroeste do estado é interligada pela Energisa ao Sistema Nacional. Investimento é de R$100 milhões

Fonte: CenarioMT

Rede que atende distrito no noroeste do estado é interligada pela Energisa ao Sistema Nacional. Investimento é de R$100 milhões
Rede que atende distrito no noroeste do estado é interligada pela Energisa ao Sistema Nacional. Investimento é de R$100 milhões

A Energisa finalizou nesse fim de semana a operação para interligar a última região de Mato Grosso ao Sistema Interligado Nacional. Foram investidos mais de R$ 100 milhões na obra que atendeu ao distrito de Guariba, no município de Colniza, mas também melhorou a infraestrutura de distribuição de energia em toda a região.

A obra que moderniza o sistema elétrico da região contou com a construção de três subestações e a implantação de uma linha de distribuição com mais de 260 quilômetros para ligar a cidade de Aripuanã a Colniza. De acordo com Luciano Vogel Dutra, gerente de manutenção de subestações e linhas de alta tensão, mais de 60 mil pessoas foram beneficiadas com a conclusão do trabalho.

“Nós ainda tivemos a preocupação de criar o menor impacto possível durante todo o projeto. Por exemplo, quando a construção passou por Aripuanã, nós contratamos um artista local para produzir artes nos postes, mostrando em pintura as belezas locais. Além disso, contratamos uma equipe especializada que levantou e identificou artefatos pré-históricos ao longo das construções. Com a autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), as relíquias resgatadas foram limpas, catalogadas e encaminhadas para instituições habilitadas”, destaca Luciano.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, até 2050, nós vamos ter que dobrar o consumo per capita de energia e ela terá que vir totalmente de fontes renováveis. Até 2030, somente a demanda por eletricidade tem um aumento previsto de 27%. Mas, para sustentar o consumo energético per capita até 2050, crescente na ordem de 3,1% ao ano, é necessário o uso urgente e o investimento e esforços adicionais em descarbonização, uma rede robusta e a maior capacidade instalada em fontes renováveis, como solar, eólica e biocombustíveis. Com o desligamento da térmica, mais de 5 mil toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na região amazônica. É como se 20 mil veículos deixassem de rodar em um ano.

Obra histórica

O diretor-presidente da Energisa em Mato Grosso, Riberto José Barbanera, explica que a conexão de Guariba ao Sistema Interligado Nacional é um feito histórico. A partir de agora a comunidade terá à disposição toda energia produzida no país, a maior parte hidrelétricas. Riberto explica que, além de Mato Grosso, o programa de descarbonização do Grupo Energisa prevê o desligamento de térmicas em mais três estados da Amazônia Legal: Acre, Pará e Rondônia. Serão 20 no total até 2025. O investimento é de R$ 1,2 bilhão.

“Quando for concluído, o corte representará 505 mil toneladas de gás de efeito estufa na atmosfera e a economia de R$ 665 milhões anual na Conta Consumo de Combustível. O programa de descarbonização faz parte dos compromissos ESG da empresa, que pretende alcançar a neutralidade nas emissões de carbono até 2050. Até agora o Grupo Energisa já desligou 16 termelétricas que evitaram mais de 331 mil toneladas de emissão de dióxido de carbono (CO2)”, ressalta Riberto.

Solicitações de serviços

Com a conclusão da obra de Guariba, novos clientes serão integrados ao sistema da concessionária de energia. Para atender a população, o projeto Energisa na Comunidade chega até a cidade para fazer um mutirão de atendimento. “A gente quer estar perto dos nossos clientes, oferecendo a oportunidade de tirar dúvidas, atualizar cadastros e fazer novas ligações”, afirma Geisa Amorim, coordenadora de atendimento.

Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso.