Apesar de uma leve redução em comparação ao ano anterior, o trabalho infantil continua sendo um problema grave em Mato Grosso. Um estudo recente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelou que mais de 42 mil crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos foram vítimas dessa prática em 2023. Deste total, um número alarmante de 16,2 mil crianças estavam envolvidas em atividades consideradas as “piores formas de trabalho”, como trabalho escravo, tráfico de drogas e exploração sexual.
A pesquisa, baseada nos dados da PNADc, indica que o estado apresentou uma queda de 14,5% nos casos de trabalho infantil em relação a 2022. No entanto, mesmo com essa redução, Mato Grosso ainda ocupa a sétima posição no ranking nacional, com 5,8% de suas crianças e adolescentes envolvidas em atividades laborais.
A exploração do trabalho infantil é uma violação grave dos direitos humanos e impede que crianças e adolescentes tenham uma infância saudável e desenvolvam todo o seu potencial. Ao serem submetidos a jornadas de trabalho exaustivas e em condições precárias, essas crianças são privadas de sua educação, de seu tempo livre e de suas oportunidades de desenvolvimento.
O combate ao trabalho infantil é um desafio que exige a atuação conjunta de diversos setores da sociedade, como governo, empresas, escolas, famílias e sociedade civil. É fundamental fortalecer as políticas públicas de prevenção e combate a essa prática, investir em educação e oferecer oportunidades de trabalho decente para os adultos, além de intensificar a fiscalização e a punição dos responsáveis pela exploração de crianças.
O Brasil tem como meta erradicar o trabalho infantil até 2025, conforme estabelecido nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Para alcançar essa meta, é preciso redobrar os esforços e investir em ações eficazes para proteger as crianças e garantir que elas tenham um futuro digno.