Mato Grosso sediará o Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme em 2025

Evento acontece a cada dois anos e deve ocorrer em 2025 no estado

Fonte: Fernanda Nazário | SES-MT

Mato Grosso sediará o Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme em 2025
Mato Grosso sediará o Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme em 2025

O estado de Mato Grosso foi escolhido para ser a sede do Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme em 2025, em uma decisão da Coordenação Geral do Sangue e Hemoderivados em conjunto com a Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal). Esta será a primeira vez que o evento, que ocorre a cada dois anos, acontecerá no estado, sendo que a última edição ocorreu neste mês em Minas Gerais.

O objetivo do simpósio é estruturar políticas de cuidado integral para pacientes com doença falciforme, trazendo palestras de especialistas renomados. Além disso, o evento contará com a participação de profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e representantes de associações de pessoas afetadas pela doença.

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, vê a escolha como uma oportunidade única para destacar os serviços de saúde de Mato Grosso. Ele afirmou: “Temos trabalhado diuturnamente para ofertarmos um serviço de qualidade e eficiente aos pacientes que tratam no MT Hemocentro. Esta será uma oportunidade única para fortalecermos ainda mais a política do cuidado integral no estado e de mostrar os serviços de sangue que disponibilizamos na rede pública de saúde”.

O evento também é visto como uma oportunidade de fortalecimento da política de cuidado integral no estado, conforme destaca o secretário adjunto de Unidades Especializadas da SES, Luiz Antônio Ferreira. Ele ressaltou: “Eles vão ter a oportunidade de ouvir os especialistas renomados na área. Esse será um espaço para debater as inovações médicas e ouvir as dificuldades que os pacientes enfrentam no dia a dia com a doença. Estamos nos organizando para que a troca seja proveitosa e gere bons frutos”.

O MT Hemocentro, responsável pela Política Estadual do Sangue em Mato Grosso, atua na hemoterapia e hematologia não oncológica, tratando doenças do sangue, incluindo a falciforme. A diretora do MT Hemocentro, Gian Carla Zanela, destacou a importância do cuidado integral para os 681 pacientes atendidos, enfatizando que a doença requer atenção multiprofissional, intersetorial, e o apoio da família e da comunidade.

A Doença Falciforme

Essa mudança de formato ocorre em situações de esforço físico, estresse, frio, traumas, desidratação, infecções, entre outros
Essa mudança de formato ocorre em situações de esforço físico, estresse, frio, traumas, desidratação, infecções, entre outros

A Doença Falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no mundo, com incidência elevada no Brasil. Em pessoas com a doença, as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), que em condições adequadas são redondas, assumem a forma de “meia lua” ou “foice”, daí o nome “doença falciforme”.

Essa mudança de formato ocorre em situações de esforço físico, estresse, frio, traumas, desidratação, infecções, entre outros. Nesse formato, os glóbulos vermelhos não oxigenam o organismo de maneira satisfatória, porque têm dificuldade de passar pelos vasos sanguíneos, causando má circulação em quase todo o corpo.

O diagnóstico da Doença Falciforme é feito, principalmente, por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), conhecido como Teste do Pezinho. Crianças a partir dos quatro meses de idade, jovens e adultos que ainda não fizeram diagnóstico para a detecção da doença podem realizar o exame de sangue chamado eletroforese de hemoglobina, disponível no MT Hemocentro.

Gian Carla explicou que as manifestações clínicas da doença ocorrem a partir do primeiro ano e estendem-se por toda a vida. “Apesar de particularidades que as distinguem e de graus variados de gravidade, as diferentes formas da doença falciforme caracterizam-se por complicações que podem afetar quase todos os órgãos e sistemas, com expressiva morbidade, redução da capacidade de trabalho e da expectativa de vida. Assim, a pessoa com Doença Falciforme necessita de identificação e acompanhamento multidisciplinar e multiprofissional precoce que ocorre no MT Hemocentro”, concluiu a diretora.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.