Mato Grosso registra mais de 840 acidentes por aranhas em 5 anos

Fonte: JOANICE DE DEUS - DIÁRIO DE CUIABÁ

aranha marrom

Entre 2017 a 2021, Mato Grosso registrou 843 acidentes causados por aranhas, o que representa uma taxa de incidência 3,76 ataques por 100 mil habitantes.

Os números são do “Panorama dos acidentes causados por aranhas no Brasil”, divulgado pelo Ministério da Saúde, com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

No mesmo período, ocorreram dois óbitos causados por aracnídeos no Estado.

Em todo país, dos 1.298.429 acidentes por animais peçonhentos notificados nos cinco anos do estudo, 168.420 (12,97%) foram ocasionados por aranhas, responsáveis pelo terceiro maior número de notificações de ocorrências, que resultaram em 92 mortes.

Segundo o MS, o levantamento epidemiológico é importante para dar visibilidade ao agravo, responsável pelo terceiro maior número de notificações dentre os acidentes por animais peçonhentos.

Estes indicadores possibilitam demonstrar aos gestores o cenário epidemiológico do araneísmo, fornecendo subsídios para a tomada de decisão sobre a alocação de recursos financeiros e de profissionais capacitados para o agravo, objetivando a redução dos casos e óbitos.

O panorama mostra ainda que, entre 2020 e 2021, em meio à pandemia de Covid-19, houve uma redução no número de registros de ataques por aranhas, talvez pela maior preocupação com a limpeza doméstica e receio de exposição ao coronavírus na busca de hospitais em caso de acidente.

Conforme o boletim, quase todas as aranhas, com exceção de duas famílias, produzem e armazenam secreção nas suas glândulas de veneno.

Porém, as aranhas consideradas de importância em saúde pública pertencem a quatro gêneros, três deles encontrados no Brasil, totalizando cerca de 20 espécies.

Uma delas é a aranha-marrom, que não é agressiva, pica geralmente quando comprimida contra o corpo.

A outra é a armadeira ou macaca e é bastante agressiva e assume posição de defesa apoiando-se nas pernas traseiras e erguendo as pernas dianteiras e os palpos.

A terceira é a viúva-negra. Estas também não são agressivas e somente as fêmeas causam acidentes.

Faz teia irregular em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas de chuva ou sob pedras.

É encontrada próxima ou dentro das casas, em ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas em jardins.

Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.