O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/DETER) aponta uma redução de 22% nos alertas de desmatamento em Mato Grosso no último semestre, entre agosto de 2021 e janeiro de 2022. A comparação é feita com o mesmo período do ano anterior, com base nos dados preliminares de imagens de satélite.
Já em comparação com o período apuratório de agosto de 2019 a janeiro de 2020, a redução é de 47%. Se for mantida esta tendência, aliada aos investimentos e esforços de combate aos crimes ambientais, esta será uma das maiores reduções do Estado, avalia o secretário Executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Alex Marega.
Os alertas de desmatamento dos últimos seis meses somam 517 km², e no mesmo período do ano anterior, 669km². O mês de janeiro fechou com alertas de mudança de vegetação de 146,52 km², de acordo com o dado do DETER, disponível na Plataforma TerraBrasilis.
“No mês de dezembro, o desmatamento esteve muito abaixo da média histórica, na ordem de 10 km². Identificamos que como no período de chuvas há muitas nuvens, isso atrapalha a detecção do desmatamento por imagens de satélite, por isso, o desmatamento de dezembro e de outros meses podem ser demonstrados nos dados de janeiro”, esclarece o gestor sobre o aumento nos dados de desmatamento de janeiro deste ano.
A presença de nuvens como um fator que altera a detecção do desmatamento está descrita no manual de metodologia dos projetos de monitoramento do INPE, disponível no site da instituição.
“Os dados do DETER podem incluir processos de desmatamento ocorridos em períodos anteriores ao do mês de mapeamento, cuja detecção não tenha sido possível, por limitações de cobertura de nuvens ou disponibilidade de imagens. Por essa razão, é preciso distinguir entre o tempo de ocorrência e a oportunidade de detecção, que é dependente do regime de nuvens”, diz o documento.
O DETER é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia feito pelo INPE. Foi desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e ao controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e demais órgãos.