Com o intenso trabalho de fiscalização ambiental realizado pela Operação Amazônia, Mato Grosso reduziu em 60% os alertas de / no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano passado. O dado oficial é do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Foi identificado o corte raso de 116 km² no último mês, enquanto em julho de 2020 o sistema de detecção de desmatamento aponta 293 km². Mato Grosso fechou o período apuratório, de agosto a julho, com uma redução de 21,7% no desmatamento.
“Mato Grosso já demonstra claramente a inversão na curva do desmatamento, que deveria aumentar nos meses de estiagem, e reduziu em 60% em julho. Este resultado é fruto de uma ação integrada e estratégica do Governo de Mato Grosso, que está investindo neste ano R$73 milhões para o combate ao desmatamento e incêndios florestais ilegais, e instituiu a tolerância zero com os crimes ambientais”, explicou a secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
O Estado recebeu apoio do Exército Brasileiro, por meio da Operação Samaúma, que enviou 61 soldados e infraestrutura para conter o desmatamento ilegal em regiões de difícil acesso e que historicamente apresentam conflitos pelo uso irregular de recursos naturais, como é o caso de Colniza (1.022 quilômetros de Cuiabá), município do Bioma Amazônia com maior índice de desmatamento ilegal do Estado.
“É importante destacar o papel das Forças Armadas no combate ao desmatamento em Mato Grosso, que atua de modo incisivo nos municípios que mais desmatam, áreas de reservas indígenas, e em parceria com a Operação Amazônia em situações de conflito em que é necessária a proteção armada para autuar infratores, e impedir o avanço do crime ambiental”, afirma o secretário Executivo da Sema-MT, Alex Marega.
Desde o início do mês de julho, o Governo de Mato Grosso intensificou o monitoramento, a fiscalização, e ações de prevenção e combate ao desmatamento nos 10 municípios que mais desmatam: Colniza, Nova Bandeirantes, Aripuanã, Peixoto de Azevedo, Apiacás, Querência, União do Sul, Marcelândia, Juara, e Rondolândia.
Operação Amazônia
A operação Amazônia é contínua, mas recebe reforço das atividades com o início do período da estiagem, em que o bioma Amazônia fica sob maior pressão de desmate ilegal, e ainda a emergência ambiental decretada no estado pela possibilidade de incêndios florestais.
O Estado aplicou R$ 979 milhões em multas nos primeiros sete meses do ano, e embargou 240 mil hectares por crimes contra a flora. Foram apreendidos 63 tratores pneu, 121 tratores esteira, 75 motosserras, 57 veículos, 29 armas de fogo e 39 pessoas conduzidas à delegacia.
Os maquinários de porte médio e pesado, e outros acessórios rurais flagrados na prática de crimes ambientais, são removidos do local, para evitar a reincidência e a continuidade do dano ambiental.
A Sema-MT utiliza tecnologia de ponta para monitorar todo o território. A plataforma de monitoramento por satélite permite identificar alertas de desmatamento praticamente em tempo real e, com isso, frear o desmate ainda no início.
A ferramenta é financiada pelo Programa REM MT (do inglês, REDD para Pioneiros), que é uma premiação ao Estado de Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento nos últimos 10 anos.
Os principais instrumentos da operação são o reforço das forças de Segurança, em parceria com órgãos estaduais, municipais, e federais. Integram a iniciativa as Secretarias de Estado de Meio Ambiente, de Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Ministério Público Federal (MPF), as Forças Armadas, e o Ibama.