O município de Torixoréu, localizado a 577 km de Cuiabá, está no centro de uma investigação arqueológica que promete revelar segredos ancestrais escondidos às margens do Rio Araguaia, no sudoeste de Mato Grosso. A descoberta de diversas gravuras rupestres durante a 1ª Expedição ao Rio Araguaia, organizada pela Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (4CCR) do Ministério Público Federal (MPF), no final de 2023, despertou a atenção dos especialistas.
Conforme relatos da arqueóloga e fundadora do Museu de História Natural de Mato Grosso, Suzana Hirooka, as gravuras rupestres são preciosos vestígios do passado, oferecendo insights cruciais sobre a mentalidade e a convivência de nossos antepassados. Entretanto, a descoberta foi ofuscada pela presença visível de pichações e manchas, resultado tanto da intervenção humana recente quanto da exposição aos elementos naturais ao longo do tempo.
Para Hirooka, as pichações e danos causados às gravuras representam uma perda irreparável de informações históricas, uma triste realidade que assola muitos sítios arqueológicos em todo o estado de Mato Grosso. Em resposta a essa preocupante situação, o Ministério Público Federal (MPF) tomou medidas, estabelecendo um prazo de 60 dias para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) realize uma vistoria minuciosa e cadastre o sítio arqueológico no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA/Iphan).
O desfecho dessa investigação não apenas pode revelar importantes segredos do passado, mas também levanta questões essenciais sobre a proteção e preservação do patrimônio cultural de Torixoréu e região. Agora, a expectativa recai sobre as ações futuras que serão tomadas para garantir a salvaguarda desse valioso legado histórico para as gerações presentes e futuras.