Preocupado com o alto índice de violência contra a mulher em Mato Grosso, o deputado Eduardo Botelho (DEM) quer intensificar as ações já desenvolvidas no combate da violência doméstica. Hoje (03), recebeu a advogada e diretora da Associação de Apoio e Proteção à Mulher Vítima de Violência Doméstica Ampara Elas, Thaísa Figueiredo Lenzi, para conhecer o trabalho que a instituição realiza e firmar parceria para, dentre outras ações, mobilização na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, de 07 a 12 de março.
“Recebi a Thaísa da Ampara Elas e vamos fazer uma semana de debates e palestras com exposições na Assembleia Legislativa, que vai envolver mais deputados, como a deputada Janaina Riva e outros que lutam por essa causa, em conjunto com a Câmara Setorial Temática da Mulher, composta por renomadas mulheres como a professora Jacy Proença e a desembargadora Maria Erotildes. Queremos criar ações que vão, efetivamente, ajudar a diminuir a violência contra a mulher e, principalmente, ajudar na inserção dela no mercado de trabalho”, defendeu Botelho.
A Ampara Elas é uma associação sem fins lucrativos, que presta apoio às vítimas de violência doméstica. “Viemos conversar com o deputado para mostrar as nossas ações e formar uma parceria em defesa das vítimas de violência doméstica”, afirmou Thaisa Lenzi.
Ampara Elas – A associação oferece apoio jurídico, psicológico e social. Thaísa explica que a forma jurídica se dá quando a mulher necessita pedir medida protetiva, sofrendo violência doméstica. “Nesse caso, vamos com ela à delegacia e fazemos toda a solicitação, inclusive, de exame de corpo delito conforme o caso. Acompanhamos e damos toda essa retaguarda à mulher”.
O apoio psicológico é feito nos casos em que a mulher precisa de acompanhamento com profissionais psicólogos para dar suporte necessário ao fortalecimento da autoestima. “São mulheres extremamente fragilizadas, inertes e perdidas de si, e que acabam não tendo vontade para viver. É um trabalho de resgate da autoestima, do autoamor. Por isso, oferecemos o apoio psicológico para que possam realmente voltar a viver”, acrescenta a presidente.
Já o social é quando a mulher está numa situação de dependência financeira. Thaísa conta que a maioria sai do relacionamento abusivo com uma mão na frente e outra atrás, literalmente. O homem geralmente controla as finanças da casa e ela fica incumbida das tarefas do lar, acaba parando de trabalhar, de prover. “Então, a nossa ideia é de promover oficinas para que possam ter a renda. Vamos oferecer oficinas de bolos de potes, de sobrancelhas, unhas, massagens, são cursos simples e rápidos que podem aprender numa tarde e recomeçar a vida de forma saudável, com renda própria”.