Mato Grosso: Menor inflação do Centro-Oeste, mas custo por metro quadrado mais alto

Fonte: CENÁRIOMT

Menor inflação do Centro-Oeste, mas custo por metro quadrado mais alto
Menor inflação do Centro-Oeste, mas custo por metro quadrado mais alto Foto: por Canva

Os dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgados pelo IBGE, mostram um cenário peculiar no setor de construção civil em Mato Grosso. No primeiro semestre de 2024, a inflação acumulada no estado foi de 1,16%, uma das menores entre os estados do Centro-Oeste. No entanto, o custo para construir um metro quadrado (m²) permaneceu o mais elevado da região, atingindo R$ 1.822,54.

Embora a inflação no setor em Mato Grosso tenha avançado apenas 0,01% de maio para junho, o estado manteve a liderança no valor do m² no primeiro semestre. Para comparação, o Distrito Federal registrou um custo de R$ 1.810,70, seguido por Goiás com R$ 1.739,01 e Mato Grosso do Sul com R$ 1.727,97.

Em nível nacional, o Sinapi teve uma variação de 0,56% em junho, um aumento de 0,39 ponto percentual em relação a maio (0,17%). Nos últimos 12 meses, a alta foi de 2,49%, acima dos 2,31% registrados nos doze meses anteriores. No acumulado do ano, a variação foi de 1,56%.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que em maio era de R$ 1.739,26, subiu para R$ 1.748,99 em junho. Este valor é composto por R$ 1.006,25 referentes aos materiais e R$ 742,74 à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou um índice negativo de -0,05%, mantendo a taxa do mês anterior, mas apresentando uma alta de 0,25 ponto percentual em relação a junho de 2023 (-0,28%). Já a mão de obra, com uma taxa de 1,40%, registrou uma alta em relação a maio (0,46%), com 0,94 ponto percentual. Comparado a junho de 2023 (1,36%), o índice subiu 0,04 ponto percentual. No primeiro semestre, os acumulados foram de 0,45% (materiais) e 3,10% (mão de obra), com os acumulados em doze meses sendo 0,47% (materiais) e 5,35% (mão de obra), respectivamente.

Rondônia destacou-se com a maior taxa em junho, 4,44%, devido ao aumento nas categorias profissionais, seguido por Mato Grosso do Sul e Goiás, com taxas de 2,14% e 1,79%, respectivamente. Segundo Augusto Oliveira, gerente da pesquisa, a influência da parcela de mão de obra no índice agregado foi determinante para a alta taxa em Rondônia.

A região Centro-Oeste, com reajustes salariais observados em Mato Grosso do Sul e Goiás, registrou a maior variação regional em junho, com 0,88%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,39% (Norte), 0,25% (Nordeste), 0,77% (Sudeste) e 0,52% (Sul).

O aumento no custo da mão de obra, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul e Goiás, contribuiu significativamente para a maior taxa na região Centro-Oeste. Este cenário impõe desafios para o setor da construção civil, que deve buscar alternativas para otimizar custos sem comprometer a qualidade das obras.

O impacto da inflação controlada, porém, com altos custos de construção, evidencia a necessidade de políticas públicas e incentivos que possam equilibrar o mercado, promovendo um desenvolvimento sustentável e acessível na região.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.