O agronegócio mato-grossense não apenas impulsiona a economia do estado, mas também molda o cenário político local. Um levantamento realizado por A Gazeta revelou que oito dos dez candidatos a prefeito mais ricos do Brasil são de Mato Grosso. A riqueza desses postulantes, em sua maioria oriunda do setor agropecuário, chama a atenção para a concentração de renda e a influência do agronegócio nas eleições municipais.
O candidato mais rico do país, Sandro Mabel (União), disputa a prefeitura de Goiânia e declarou um patrimônio de R$ 313,4 milhões. No entanto, o segundo lugar é ocupado por um mato-grossense: Francis Maris (PL), ex-prefeito de Cáceres, com R$ 230 milhões em bens. Seu patrimônio inclui um vasto rebanho de animais e propriedades rurais.
Em seguida, temos Miguel Vaz (Republicanos), prefeito de Lucas do Rio Verde, com R$ 219 milhões. Sua fortuna está concentrada em ações de empresas do agronegócio. O quarto lugar fica com Pablo Marçal (PRTB), candidato a prefeito de São Paulo, seguido por outros seis mato-grossenses.
A concentração de candidatos ricos em Mato Grosso reflete a importância do agronegócio na economia do estado. A maioria desses candidatos possui grandes propriedades rurais e participa de empresas do setor, o que explica seus expressivos patrimônios.
A declaração de bens é obrigatória para todos os candidatos e serve para garantir a transparência do processo eleitoral. Além de permitir que os eleitores conheçam a origem da riqueza dos candidatos, a declaração de bens também serve como base para fiscalizar o financiamento de campanhas eleitorais.