Mato Grosso lidera em prescrição de crimes ambientais na Amazônia Legal, revela estudo do CNJ

Fonte: CENÁRIOMT

Mato Grosso lidera em prescrição de crimes ambientais na Amazônia Legal, revela estudo do CNJ
Mato Grosso lidera em prescrição de crimes ambientais na Amazônia Legal, revela estudo do CNJ

Um estudo inédito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela um cenário alarmante em relação aos crimes ambientais na Amazônia Legal. Mato Grosso, segundo o levantamento, é o segundo estado com maior índice de prescrição de processos criminais ambientais, com 47% dos casos prescrevendo.

A pesquisa “Crimes Ambientais na Amazônia Legal” analisou dados de processos judiciais de nove estados da região e identificou que a prescrição de crimes ambientais é um problema generalizado, com uma média de 26% nos tribunais da Amazônia Legal. No entanto, Mato Grosso e Pará se destacam com índices ainda mais elevados, acima de 45%.

Além da alta taxa de prescrição, o estudo revela que Cuiabá é a cidade com maior número de processos ambientais na região, concentrando 10,6% do total. Outros municípios mato-grossenses como Cláudia, Nova Ubiratã, Itaúba e Feliz Natal também se destacam entre as cidades de menor porte com maior litigiosidade ambiental.

Por que tantos processos prescrevem?

O estudo aponta diversos fatores que contribuem para a alta taxa de prescrição de crimes ambientais em Mato Grosso, como:

  • Complexidade dos crimes: Os crimes ambientais são complexos e envolvem uma cadeia de ações, dificultando a investigação e a coleta de provas.
  • Fragilidade institucional: Os órgãos de controle ambiental enfrentam dificuldades em relação à estrutura, recursos e integração dos sistemas de controle.
  • Baixo risco e alta recompensa: Os criminosos ambientais enxergam o crime como um negócio de baixo risco e alta rentabilidade, devido à baixa probabilidade de punição e às altas recompensas financeiras.
  • Sensação de impunidade: A alta taxa de prescrição reforça a sensação de impunidade entre os criminosos, incentivando a prática de novos crimes.

Para combater a impunidade e proteger o meio ambiente, é necessário fortalecer as instituições de controle ambiental, investir em tecnologia e capacitação de pessoal, além de promover a integração entre os diversos órgãos envolvidos no combate aos crimes ambientais.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.