A carga tributária em Mato Grosso continua em alta. De acordo com o Impostômetro da Fecomércio-MT, os mato-grossenses já pagaram R$ 50 bilhões em impostos, taxas, multas e contribuições em 2024, um aumento de 18,75% em relação ao mesmo período do ano passado.
A maior parte da arrecadação é proveniente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do Imposto de Renda (IR) e da Previdência.
A inflação e o crescimento econômico são os principais fatores que impulsionam esse aumento.
Cidades de Mato Grosso que mais contribuem
Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis são as cidades que mais contribuem para a arrecadação estadual. A capital já ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em arrecadação em 2024, enquanto Várzea Grande e Rondonópolis também registraram um crescimento significativo nos seus recolhimentos.
Impacto na população
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, alerta para o impacto da alta carga tributária na população. Segundo ele, a inflação é o principal fator que gera um aumento nominal na arrecadação, mas pouco é devolvido para a população em infraestrutura e serviços públicos de qualidade.
Desigualdade e insatisfação
A alta carga tributária gera uma grande insatisfação entre a população, que sente os efeitos da inflação no bolso e vê pouco retorno dos investimentos realizados pelo governo. A desigualdade social também é agravada pela alta carga tributária, já que os mais pobres são os mais afetados pelos impostos indiretos.
É fundamental que os governos federal, estadual e municipal busquem formas de reduzir a carga tributária e melhorar a eficiência dos gastos públicos. Além disso, é preciso investir em políticas públicas que promovam o crescimento econômico e a geração de emprego e renda, de forma a melhorar a qualidade de vida da população.