O aumento expressivo de casos de dengue em Mato Grosso tem preocupado as autoridades de saúde. Apesar da disponibilização da vacina contra a doença, a adesão da população, principalmente entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, tem sido baixa.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Estado recebeu 44,7 mil doses da vacina, mas apenas 17,8 mil primeiras doses foram aplicadas. A baixa procura pelo imunizante preocupa ainda mais diante da chegada do período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explica que a faixa etária de 10 a 14 anos foi escolhida por apresentar o maior número de hospitalizações por dengue, mas a adesão tem sido menor por não ser uma faixa que frequenta rotineiramente os serviços de saúde. “É fundamental que os pais e responsáveis levem seus filhos para se vacinar”, ressalta a secretária.
A baixa adesão à vacina contra a dengue se deve a diversos fatores, como a falta de informação, a subnotificação de casos e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde em algumas regiões. Além disso, a capacidade de produção da vacina ainda é limitada, o que dificulta a imunização de toda a população.
Apesar da importância da vacina, as autoridades de saúde reforçam que ela não substitui as medidas de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. A população deve continuar realizando a limpeza de quintais, varandas e outros locais onde possa haver água parada, além de utilizar repelentes e telas nas janelas.
Impacto da dengue em Mato Grosso
Os dados da Secretaria de Estado de Saúde são alarmantes. Em 2024, Mato Grosso já registrou mais de 41 mil casos prováveis de dengue, um aumento significativo em relação ao ano anterior. A doença também causou a morte de 36 pessoas. Além da dengue, os casos de chikungunya também aumentaram significativamente, com mais de 19 mil notificações e 11 óbitos.