A fila de espera por transplante renal em Mato Grosso ultrapassou a marca de mil pacientes, um aumento de mais de 500% em relação a 2021. A ausência de serviços de transplante no estado, que já dura quatro anos, tem gerado grande sofrimento para os pacientes e suas famílias.
Uma pesquisa da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) revelou que a demanda estimada para atender a necessidade de Mato Grosso é de 200 transplantes renais por ano. No entanto, a retomada dos procedimentos, prevista para dezembro, terá capacidade inicial para apenas seis transplantes, aumentando gradualmente para 74 ao ano.
Diante da grave situação, a SES lançou um chamamento público para contratar um hospital para realizar os transplantes. O Hospital e Maternidade São Mateus foi o escolhido e deverá iniciar os atendimentos ambulatoriais em setembro. A expectativa é que os primeiros transplantes com doadores vivos ocorram em dezembro e que os transplantes com órgãos de doadores falecidos comecem no ano que vem.
A falta de acesso aos transplantes tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes renais crônicos em Mato Grosso. Muitos precisam realizar diálise por várias horas por dia, o que limita suas atividades e aumenta o risco de complicações. Além disso, a espera prolongada por um transplante pode gerar ansiedade e depressão.
Desafios e perspectivas em Mato Grosso
A retomada dos transplantes em Mato Grosso é um passo importante para garantir o direito à saúde dos pacientes renais crônicos.
No entanto, o estado ainda enfrenta diversos desafios, como a necessidade de ampliar a capacidade de atendimento e conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos.
A expectativa é que com a retomada dos procedimentos, a fila de espera comece a ser reduzida gradualmente. No entanto, é fundamental que o governo estadual continue investindo na área de transplantes para garantir que todos os pacientes tenham acesso a esse tratamento.
Como funciona o transplante renal?
O transplante renal consiste na substituição de um rim doente por um rim saudável, proveniente de um doador vivo ou falecido. O novo órgão é implantado na região abdominal, e os rins doentes permanecem no corpo.
Por que realizar um transplante renal?
O transplante renal é indicado para pacientes com doença renal crônica em estágio avançado, quando os rins não conseguem mais filtrar o sangue adequadamente. Essa condição, se não tratada, pode levar à morte.
Quais são os benefícios do transplante renal?
O transplante renal oferece diversos benefícios para os pacientes, como:
- Melhora na qualidade de vida: O paciente se livra da necessidade de realizar diálise com frequência, podendo ter mais liberdade e autonomia.
- Aumento da expectativa de vida: Estudos mostram que pacientes transplantados têm uma expectativa de vida maior do que aqueles que continuam em diálise.
- Melhora na função física e mental: O transplante renal proporciona mais energia e disposição para as atividades do dia a dia.
Tipos de doadores:
Existem dois tipos de doadores de rim:
- Doador vivo: Geralmente um familiar próximo do paciente, como um parente de primeiro grau. A doação por um vivo exige uma avaliação médica rigorosa do doador e do receptor, além de autorização judicial.
- Doador falecido: Pessoas que tiveram morte cerebral e autorizaram a doação de seus órgãos em vida.
O processo do transplante:
O transplante renal é um procedimento cirúrgico que dura em média três a quatro horas. Após a cirurgia, o paciente precisa permanecer internado por alguns dias para monitoramento e recuperação.
Cuidados após o transplante:
Após o transplante, o paciente precisa tomar medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do novo rim. Além disso, é fundamental realizar acompanhamento médico regular e adotar hábitos de vida saudáveis.
A importância da doação de órgãos
A doação de órgãos é um ato de amor ao próximo que pode salvar vidas. Ao doar seus órgãos, você proporciona uma nova chance de vida para alguém que precisa de um transplante.