A inclusão de crianças com deficiência nas escolas de Mato Grosso enfrenta sérios obstáculos. A falta de estrutura adequada, a escassez de profissionais especializados e o descumprimento da legislação são alguns dos desafios apontados por promotores de Justiça do estado.
Em reunião realizada nesta quarta-feira (04), promotores de Justiça de todo o estado discutiram as dificuldades encontradas para garantir a educação inclusiva. O encontro, promovido pela Procuradoria de Justiça Especializada na Defesa da Cidadania e do Consumidor, teve como objetivo buscar soluções e alinhar as ações do Ministério Público.
“Queremos ouvir os promotores de Justiça que estão na ponta para entender as dificuldades e buscar soluções efetivas”, afirmou o procurador de Justiça José Antônio Borges Pereira. O Ministério Público lançou o projeto “Abraçando as Diferenças”, que prevê a realização de um diagnóstico da situação da educação inclusiva em Mato Grosso, a capacitação de professores e a criação de políticas públicas específicas.
A promotora de Justiça Patrícia Eleutério Dower, que atua em Rondonópolis, ressaltou a importância de um atendimento especializado que seja integrado à escola regular. “A educação inclusiva não deve ser uma ilha, mas sim parte do processo educacional de todos os alunos”, afirmou.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional da Educação, promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior, reforçou a necessidade de uma política pública estadual para a educação inclusiva, que garanta recursos e apoio para as escolas.
O Ministério Público busca, através desse projeto, garantir que todos os alunos, independentemente de suas necessidades especiais, tenham acesso a uma educação de qualidade e inclusiva.